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    Qual a diferença entre replicação síncrona e assíncrona?
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    Você já parou pra pensar no que acontece com os dados quando uma falha derruba o servidor principal? A resposta está na replicação, aquele processo quase invisível que mantém as engrenagens da infraestrutura rodando mesmo quando algo dá errado.

    Parece só uma diferença de tempo, mas, na prática, ela define o equilíbrio entre velocidade, segurança e custo.

    O que significa “replicação” no contexto de infra e por que isso importa

    Quando falamos de processo de replicação, estamos falando de copiar e manter dados (ou mesmo workloads) de um lugar-chave (o primário) para outro (o replicado ou secundário). Isso serve para várias finalidades: alta disponibilidade, recuperação de desastres, balanceamento de carga, geo-redundância etc.

    Quanto mais a infraestrutura de cloud privada da sua empresa (como no caso da EVEO) evolui, mais esse mecanismo se torna parte central da arquitetura.
    Mas… replicar tudo de qualquer jeito não resolve. A forma com que você replica, se de modo síncrono ou assíncrono, vai determinar o nível de consistência, latência, custo, risco de perda de dados e escalabilidade. E essas coisas são consequências reais, não apenas teórica.

    Leia também: Qual a diferença entre backup, replicação e disaster recovery?

    O que é replicação síncrona?

    Na replicação síncrona (ou comunicação síncrona entre o primário e o secundário), o cenário é mais ou menos esse: quando a gravação acontece no sistema principal, ela só é considerada concluída quando o dado já foi confirmado nos nós replicados. Ou seja: primário escreve → espera que replicado confirme → aplica e responde ao cliente. Esse modelo garante que primário e réplicas estejam sempre em sincronia, sem “lag” visível (ou com lag muito pequeno).

    Na prática isso significa: se o primário falhar, o secundário já está “na mesma página”. Zero ou quase‐zero perda de dados. Por exemplo: num sistema bancário onde cada transação importa e não pode haver divergência, replicação síncrona é quase que obrigação.

    O que é replicação assíncrona?

    Já na replicação assíncrona (ou comunicação assíncrona), o primário grava o dado e volta ao cliente sem esperar que o secundário confirme. O secundário será atualizado depois, com algum atraso (que pode variar de milissegundos até segundos ou mais, dependendo da distância, rede, volume).

    Isso permite menor latência de resposta ao cliente e melhor desempenho em distâncias geográficas maiores ou em ambientes de alta escala. Mas há o trade-off: existe a possibilidade de perda de dados recentes se o primário falhar antes que o secundário receba tudo.

    Tá, mas… como escolher entre síncrono e assíncrono?

    Boas perguntas. Não existe “melhor para todos”. Depende de quais são as prioridades da sua organização. Vou listar alguns fatores que ajudam a clarear.

    • Criticidade dos dados: se uma ou duas transações perdidas significam desastre (por exemplo, em finanças, telecom, setores regulados) → tende para síncrono.
    • Latência aceitável: se os usuários esperam respostas rápidas e você está replicando a longas distâncias ou para muitos nós, a replicação síncrona pode se tornar gargalo.
    • Distância geográfica / rede: redes com latência alta (por exemplo, inter-continente) tornam a réplica síncrona muito custosa em tempo de commit.
    • Volume / escalabilidade: se você tem um enorme volume de escrita ou muitos clientes simultâneos, talvez precise tolerar alguma defasagem para escalar, aí entra assíncrono.
    • Modelo de recuperação de desastre / RTO & RPO esperados: se você quer RPO (Recovery Point Objective) zero ou quase zero, ou seja, sem perder dados, precisa de sincronização próxima. Se o RPO pode ser, digamos, alguns minutos e isso está ok para negócio, assíncrono já atende.

    Que tal um exemplo prático?

    Digamos que uma equipe de infra queira replicar dados entre São Paulo e Miami para dar cobertura internacional. Se tivessem usado a replicação síncrona “pura”, perceberam que a latência da rede já introduzia impacto perceptível nas gravações de usuários latino-americanos.

    Então adotaram uma abordagem híbrida: para os módulos críticos (controle de transações financeiras) replicação síncrona; para os módulos de analytics / logs / dados menos críticos usaram replicação assíncrona.

    Resultado: conseguiram garantir alta consistência onde precisava, e melhor desempenho e escalabilidade onde podia tolerar “delay”. Esse tipo de “zona mista” acaba fazendo muito sentido, e se mostra cada vez mais frequente em arquiteturas de nuvem privada ou híbrida.

    O volume investido em replicação está se acelerando e as empresas cada vez mais veem replicação como parte estratégica da infraestrutura, não só “backup” ou “algo que fazemos por segurança”, mas como camada operacional de arquitetura de dados.

    Se eu tivesse que resumir em uma frase para alguém perguntar: “Ok, qual é o coração da diferença entre replicação síncrona e assíncrona?” Eu diria:

    • Síncrona = você escolhe consistência e zero ou quase‐zero perda de dados, aceita latência ou restrições geográficas.
    • Assíncrona = você escolhe desempenho, escala ou geodistância, aceita pequena janela de risco de dados perdidos.

    Como aplicar isso na sua estrutura?

    É muito importante que você tenha um plano claro para testar o comportamento de falha. Vai que o nó primário cai ou a rede se perde? No modelo síncrono, você pode ver impacto direto nas aplicações (se a confirmação da réplica demorar, a gravação bloqueia). No assíncrono, você pode ficar com dados “fora de sincronia”. Então: simule cenários, cheque se os SLAs de RTO/RPO estão alinhados com o negócio.

    Além disso, latência da rede e distância geográfica não são “coisas que resolvemos depois”, impactam diretamente o que você escolhe.

    Leia também: Como a localização do data center afeta sua operação?

    Se você está avaliando replicação para a sua infraestrutura, pergunte: Precisamos absolutamente de zero perda de dados ou podemos tolerar alguns segundos/minutos?”, “Qual a latência aceitável para o usuário final?”, “Há nós replicados em regiões distantes ou próximos?”, “Qual o custo e impacto de desempenho se escolhermos modo síncrono?”.

    No fim, tudo vai depender da sua necessidade. Cada ambiente tem suas particularidades, e é aí que a EVEO entra como especialista: entendendo o cenário, avaliando criticidade, latência, custo e objetivos de negócio para recomendar a estratégia ideal. Nosso papel é consultivo: ouvir, planejar e desenhar a melhor arquitetura de replicação, seja síncrona, assíncrona ou híbrida, garantindo o equilíbrio certo entre desempenho, segurança e disponibilidade.