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    Backup substitui um plano de DR?
    6:46

    Sabe aquele momento de “ufa, fiz o upload na nuvem, ta tranquilo”? Pois é: sentir-se seguro porque os dados foram para a nuvem não significa que temos um plano de Disaster Recovery (DR), ou recuperação de desastres, de verdade.

    Fazer backup é ótimo, e sobretudo muito necessário. Mas parar por aí achando que todo o resto está resolvido é arriscado. Veja os dois conceitos com clareza:

    • Backup: cópia de dados ou sistemas para armazenamento externo (no nosso caso, frequentemente em nuvem) para recuperação de informação em caso de falha, erro humano ou exclusão indesejada.
    • Plano de Disaster Recovery: envolve não só recuperação de dados, mas restauração de aplicações, infraestrutura, processos, comunicação: tudo para voltar ao negócio em funcionamento (e no nível de serviço acordado) após um evento grave.

    Eles se sobrepõem? Sim. Mas não são a mesma coisa, e tratar backup como se fosse DR é simplificação demais.

    Leia também: Qual a diferença entre backup, replicação e disaster recovery?

     

    Qual a importância de saber a diferença desses dois conceitos?

    Imagine um cenário: a região da nuvem sofre uma indisponibilidade ou um ataque cibernético crip­tográfico atinge os seus volumes replicados (sim, isso acontece).

    Se você tiver só backups, pode recuperar dados... mas e o nível de serviço? Quanto tempo vai levar para reativar aplicações? E se o ambiente tiver dependências complexas, orquestração, base de dados, volumes em uso… Backup só vai te dar o que aconteceu, não necessariamente o como voltar ao funcionamento normal rapidamente.

    Dados recentes do Relatório de Pesquisa de Backup Unificado 2025 dão o tom dessa lacuna: só 35 % das organizações conseguiram recuperar de um evento de downtime em horas, e 25% testam os procedimentos de DR apenas uma vez por ano ou menos.

    Se você está à frente de infraestrutura de nuvem/privada, precisa perguntar: “Se esta stack cair, vou voltar à meta de RTO (objetivo de tempo de recuperação) e RPO (objetivo de ponto de recuperação) que meu negócio exige?” Se a resposta for “não sei” ou “acho que sim”, está alto o risco.

    Onde exatamente “backup em nuvem” deixa a desejar para ser DR completo?

    Aqui vão alguns pontos práticos onde muita confusão acontece:

    1. Tempo de recuperação vs simples restauração
      Lembre‐se: restaurar dados (backup) não garante que aplicações dependentes vão subir, interfaces vão estar em funcionamento, DNS vai apontar, tráfego vai fluir. Um bom DR define orquestração.
    2. Localização e replicação
      Um backup em nuvem pode estar em “mesma região” ou mesma zona de disponibilidade. Se a falha for regional (ex: desastre natural, falha elétrica maciça, ataque coordenado) e sua réplica estiver lá, não há isolamento suficiente. Um plano de DR exige replicação geográfica ou failover para outro ambiente/provider.
    3. Testes e praticidade operacional
      Ter backups bonitinhos não basta. Se você não testa e não sabe exatamente quanto tempo leva ou quem executa o processo, o plano existirá só em teoria. Muitas empresas não testam com frequência ou não validam se os backups são realmente restauráveis.
    4. Cobertura além dos dados estáticos
      Existe dados e existe aplicação, rede, autenticação, configuração, integração com SaaS, dependências externas. Backup tradicional (mesmo em nuvem) normalmente cobre “dados” ou “volume”, mas não “ambiente em funcionamento”. Um plano de DR cobre todo o stack.
    5. Orquestração de falha/fail-back
      Se você cair, quer acionar um plano automático ou semi-automático de failover/fail-back, reduzir intervenção manual, evitar erros humanos sob pressão. Backup em nuvem muitas vezes exige “vamos restaurar”, “vamos apontar”, “vamos configurar”. DR bem feito já tem isso mapeado.

    Mas “backup em nuvem” tem valor, então o que fazer?

    Claro que sim: backup na nuvem é peça fundamental. Mas deve ser parte da estratégia, não a totalidade. Aqui vai minha sugestão de abordagem, olhando para o universo da EVEO e para quem gerencia infraestrutura:

    • Tratá-lo como camada mínima: backup em nuvem = proteção de dados. Estamos seguros contra exclusão acidental, falha de hardware local ou ransomware (até certo ponto).
    • Simultaneamente, definir metas claras de RTO/RPO para o negócio: qual o impacto de parada? Quantos minutos/hora/dias são aceitáveis?
    • Mapear dependências: quais aplicações, bases de dados, redes, serviços externos estão envolvidos? Qual o nível de automação para restaurar tudo?
    • Escolher ou desenhar soluções de DR (por exemplo: DRaaS, replicação ativa, ambiente quente/pronto para ativação).
    • Testar regularmente e registrar: sem teste não há confiança. E quando o desastre vier, você vai agradecer cada segundo investido.
    • Revisar o plano com frequência: nuvem muda, aplicações mudam, dependências mudam. A estratégia de backup sozinha raramente muda junto.

    Qual é o papel da infraestrutura privada de nuvem (como a que a EVEO fornece) nessa equação?

    A EVEO, maior empresa de servidores dedicados e principal referência em private cloud, está em posição de agregar valor justamente nessa distinção. Oferecemos muito além de só “backup em nuvem” ou “storage replicado”, mas um ecossistema completo de DR, que inclua infraestrutura redundante, replicação, orquestração, automação, testes periódicos e visibilidade.

    Por exemplo: se o cliente tiver ambiente de produção na nuvem privada ou híbrida, podemos ajudá-lo a configurar failover para outro data center ou região, com scripts de automação, documentação e treinamento. Assim, não estão apenas “guardando cópias”, estão preparados para “dar continuidade”.

    Esse tipo de abordagem ajuda a elevar a conversa de TI de “temos backup” para “temos resiliência”.

    Leia também: O que é um Plano de Continuidade de Negócios (PCN)?

    Então, qual é a mensagem principal para levar adiante?

    Ter backup em nuvem é o começo, não o fim. Você quer recuperação de desastres, não apenas “restauração de dados”.

    Se a sua prioridade ainda gira em torno de “estamos fazendo backup em nuvem” como prova de que estão seguros, cuidado. Se pergunte: “E se o data center cair hoje? Quanto tempo levamos para voltar? Qual o impacto para o negócio? Quem aciona o plano?” Se a resposta for “acho que em algumas horas”, ainda há trabalho a fazer.

    Em 2025, com ataques mais sofisticados, falhas de provedores de nuvem maiores, mandatos regulatórios mais rígidos (comprovando continuidade, auditoria, etc), não dá para tratar DR como “opção”. A nuvem é parte da solução, mas só isso não basta.