Você já ouviu falar em hot, warm e cold site dentro de um plano de Disaster Recovery? Parece jargão técnico, mas na prática, é o tipo de conceito que separa empresas que conseguem se levantar rapidamente de um desastre daquelas que ficam paradas vendo o prejuízo crescer. E o curioso é que, muitas vezes, a escolha entre um e outro diz muito mais sobre estratégia de negócio do que sobre tecnologia.
O que é hot site?
Vamos imaginar uma situação simples: seu data center sofre uma pane completa. Tudo sai do ar. O que você faz? Se sua operação precisa voltar imediatamente, sem tempo de respirar, é o hot site que entra em ação. Ele é como um clone vivo do seu ambiente principal, rodando quase em tempo real e pronto para assumir assim que o principal falhar.
Nada de esperar cópia de backup, reinstalar servidores ou subir sistemas do zero. É ligar e continuar. Essa é a diferença entre perder minutos e perder milhões. Bancos, e-commerces, operadoras de telecom e empresas com operação 24x7 geralmente não pensam duas vezes: o hot site é a escolha natural.
O que é cold site?
O cold site é outra história. Ele existe, está pronto, mas “frio”. Funciona como uma estrutura de contingência com energia, climatização e conectividade, só que sem o ambiente ativo. Quando o desastre acontece, é preciso reinstalar sistemas, restaurar dados e reconfigurar tudo. É o tipo de solução que faz sentido para negócios que conseguem ficar um tempo fora do ar sem grandes impactos, uma fábrica, por exemplo, ou uma empresa que só precisa restabelecer serviços administrativos depois de alguns dias. É mais barato, mas também mais demorado.
O que é warm site?
Entre esses dois extremos existe o warm site, que fica ali no meio-termo. Parte da infraestrutura já está montada e alguns dados são replicados periodicamente. Ele não entra em operação instantaneamente, mas também não precisa ser construído do zero. É uma solução equilibrada para quem busca um plano de continuidade mais econômico, mas que ainda ofereça agilidade.
Como escolher entre eles?
O ponto é: tudo depende de uma equação entre tempo, risco e custo. Quanto tempo a sua operação pode parar? Quanto dado você aceita perder? E quanto está disposto a investir para que o impacto seja o menor possível? Essa conversa é inevitável em qualquer estratégia de soluções de continuidade, e as respostas variam muito entre setores e tamanhos de empresa.
Segundo a Mordor Intelligence, o mercado de disaster recovery está mais aquecido do que nunca e atingiu US$ 13,7 bilhões em 2025 e a previsão é de que alcance US$ 24,05 bilhões em 2030. Já a Precedence Research estima que o mercado de proteção e recuperação de dados deve quadruplicar até 2034. O motivo é óbvio: ninguém mais pode se dar ao luxo de ficar offline.
O que tem acontecido, no entanto, é que muitas empresas acreditam que “ter backup” é suficiente. Só que backup não é plano de DR. Ele é parte, mas não o todo. Um plano de continuidade precisa prever onde, quando e como a operação será retomada.
Leia também: Redundância, Backup e Disaster Recovery: entenda as diferenças
E é aí que entra a escolha entre hot, warm e cold sites. Mesmo com o avanço da nuvem, a necessidade de pensar em redundância física e geográfica continua essencial. Aliás, agora mais do que nunca, já que a dependência de provedores globais centralizados vem sendo cada vez mais questionada.
Como o custo e o tempo de recuperação afetam a decisão?
Se olharmos para o cenário atual, fica claro que o equilíbrio entre custo e disponibilidade virou um ponto crítico. Manter um hot site ativo 100% do tempo pode custar caro, mas perder o controle da operação sai ainda mais caro. E isso vai muito além da infraestrutura: envolve reputação, contratos, confiança do cliente. Em alguns casos, um simples downtime de duas horas pode gerar danos que demoram meses para recuperar.
Então, qual é a resposta certa? Depende. Mas a pergunta certa talvez seja: o seu plano atual garante mesmo que o negócio continue funcionando em qualquer cenário? Porque é exatamente isso que um bom plano de DR deve fazer, não evitar falhas (elas muitas vezes são inevitáveis), mas permitir que a empresa continue respirando enquanto resolve o problema.
Como a EVEO ajuda empresas a garantir continuidade real?
Na EVEO, a maior empresa de servidores dedicados e principal referência em private cloud, esse tema faz parte do nosso DNA. Trabalhamos ajudando empresas a desenhar arquiteturas de alta disponibilidade e estratégias de recuperação de desastres que realmente funcionam. Não existe receita pronta. Cada cliente tem uma necessidade diferente, um nível de criticidade diferente, e é justamente aí que entra nosso papel consultivo: entender o que está em jogo e construir a solução certa.
Seja com ambientes espelhados em tempo real, seja com estruturas híbridas que equilibram performance e custo, a ideia é sempre a mesma: garantir que, aconteça o que acontecer, a operação continue de pé.
Porque no fim, DR não é sobre desastres. É sobre continuidade.





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