Muitos dos termos tecnológicos podem parecer apenas tecnicidades ou soluções que só dizem respeito a megacorporações. Quando a gente ouve falar de computação em nuvem e data centers, estamos falando de tendências tecnológicas que fazem parte do nosso dia a dia.
No seu trabalho, quando você entra no sistema em nuvem, você está acessando um data center. Quando você verifica o seu e-mail ou agenda virtual, também está se conectando a um deles. Até em seus momentos de lazer, quando ouve a sua música favorita ou faz a sua maratona de séries, via streaming, depende da mesma tecnologia.
O barateamento das tecnologias e o crescimento da capacidade das conexões, possibilitou que empresas de todos os portes e segmentos conseguissem ter acesso a um data center, principalmente os virtuais. Por isso, neste guia, vamos explicar melhor o que é, quais são os tipos mais utilizados e os benefícios de cada solução. Confira!
O que é data center?
Um data center é, basicamente, o cérebro operacional das empresas modernas. É o local onde ficam guardados equipamentos que dão conta de demandas altas em processamento e armazenamento de dados.
Dependendo do tamanho da operação, um data center para empresa pode ter desde alguns servidores até milhares deles, além de bancos de dados robustos e equipamentos auxiliares essenciais, como storages e dispositivos de rede (roteadores, switches, e por aí vai).
Esses ambientes não existem só pra lidar com dados aos montes: são feitos para rodar ininterruptamente, garantindo que a empresa não tenha problemas com quedas, interrupções ou "apagões" inconvenientes.
É por isso que um data center para empresas precisa de instalações altamente especializadas. O cuidado aqui não pode parar apenas na segurança digital. Afinal, ninguém quer lidar com um desastre natural ou com visitantes indesejados no seu espaço mais sensível.
A integridade dos dados depende muito de como o local está protegido fisicamente contra incêndios, inundações, roubos ou até mesmo distrações humanas menos catastróficas. Mas calma, que vamos detalhar melhor como funciona essa segurança toda mais à frente.
Quais são os componentes de data center?
Para garantir que tudo rode lisinho, um data center para empresas precisa contar com uma estrutura bem organizada. Aí entra uma infraestrutura física e tecnológica preparada para aguentar o tranco sem titubear.
Claro que a configuração exata depende muito da demanda específica de cada negócio. Não existe receita pronta aqui—cada empresa tem suas particularidades e precisa adaptar sua rede de acordo com o que realmente vai usar.
Servidores
O principal componente de um data center para empresa são os servidores. Esses dispositivos têm alta capacidade de processamento e são utilizados especificamente para tarefas que exigem desempenho constante. Diferente dos computadores convencionais, usados para diversas atividades ao mesmo tempo, os servidores têm funções bem específicas.
Além disso, esses equipamentos precisam ser resistentes, projetados para suportar uso constante sem oscilações. Cada servidor é configurado especificamente para sua atividade, o que garante estabilidade operacional mesmo em situações críticas.
A quantidade de servidores em um data center pode variar bastante. Empresas menores costumam ter de 10 a 50 racks, enquanto grandes operações podem facilmente contar com centenas deles.
Energia e redundância elétrica
A energia elétrica é um dos pilares de um data center para empresas. Para garantir a operação ininterrupta, a estabilidade da rede não pode ser um problema. Qualquer oscilação pode afetar o desempenho dos servidores, causar indisponibilidade e até comprometer a integridade dos dados.
É por isso que a redundância energética é essencial. Na prática, significa ter fontes alternativas de energia prontas para assumir o fornecimento caso ocorra uma falha na rede elétrica principal. Isso inclui no-breaks (UPS) para sustentar a carga por curtos períodos e geradores para manter tudo funcionando por mais tempo, caso necessário.
Mas só ter geradores e UPS não basta. A eficiência da redundância depende de um bom planejamento, que envolve desde a distribuição equilibrada da carga elétrica até a manutenção frequente dos equipamentos. Afinal, um sistema de backup que falha quando mais se precisa dele não é exatamente um backup confiável.
Em um data center bem estruturado, a energia nunca depende de uma única fonte. O ideal é contar com múltiplas redes elétricas e soluções que garantam que, mesmo em casos extremos, os servidores continuem operando sem impacto para o negócio.
Refrigeração
Além do consumo elétrico dos servidores, um data center para empresas também precisa lidar com outro desafio: o calor gerado pelo funcionamento contínuo dos equipamentos. Como esses computadores possuem alto desempenho, é natural que a temperatura ambiente aumente rapidamente. Se não houver controle adequado, isso pode levar a problemas como superaquecimento, falhas nos sistemas e até danos permanentes nos equipamentos.
Para evitar isso, sistemas de refrigeração são essenciais. A meta é manter o ambiente em torno de 25ºC, já que a temperatura pode facilmente ultrapassar 50ºC sem um resfriamento adequado. Para garantir essa estabilidade, um data center bem projetado conta com redundância de refrigeração, ou seja, sistemas de climatização duplicados, que entram em ação caso o principal apresente falhas.
Mas manter um data center refrigerado tem um custo alto. Estima-se que quase metade do consumo energético dessas infraestruturas vem dos sistemas de resfriamento. Por isso, muitas empresas vêm buscando alternativas sustentáveis para reduzir esse impacto.
Rede e conexão
Os data centers para empresas não operam isoladamente. Eles são essenciais para a comunicação entre dispositivos espalhados pelo mundo e, para que isso aconteça de forma eficiente, precisam de uma infraestrutura de rede sólida, garantindo que os dados circulem com rapidez e sem falhas.
A conexão de um data center precisa ser contínua e estável. A melhor forma de garantir isso é com fibra óptica, que permite alta velocidade e baixa latência, essenciais para o desempenho dos sistemas e aplicativos que rodam nesses ambientes.
O que pouca gente percebe é que as requisições dos usuários não vão diretamente para os servidores. Antes disso, elas passam por uma central de rede, equipada com roteadores, switches e balanceadores de carga, que distribuem os dados corretamente entre os racks. Esse processo acontece de forma automática e em milissegundos, garantindo que a informação chegue ao destino sem atrasos.
E para que não haja riscos de interrupção, um data center bem estruturado adota redundância de rede. Isso significa ter múltiplos links de conexão e rotas alternativas para os dados trafegarem caso algum caminho apresente falhas. Se um link cai, outro assume instantaneamente, garantindo que os serviços continuem operando sem impacto para os usuários.
Segurança
A segurança de um data center é uma das maiores preocupações dos administradores, e não é para menos. Esses ambientes armazenam dados ultraconfidenciais de empresas e informações sensíveis de usuários, exigindo proteção em várias camadas para evitar qualquer tipo de vazamento ou ataque.
A preocupação com segurança digital e física começa na projeção da infraestrutura e se estende à operação diária. Além de softwares avançados que utilizam algoritmos para detectar qualquer atividade fora do padrão, a própria arquitetura dos centros de dados é planejada para garantir a integridade das informações.
O controle de acesso também precisa ser rígido. Um simples vazamento pode comprometer toda a operação, afetando não apenas a reputação da empresa, mas também resultando em prejuízos milionários.
Por isso, um data center para empresas adota múltiplas camadas de segurança. Dependendo do nível de sensibilidade dos dados armazenados, o acesso pode exigir desde crachás personalizados até sistemas de autenticação biométrica, garantindo que apenas pessoas autorizadas tenham permissão para entrar.
Afinal, em um ambiente onde a confiança é essencial, não há espaço para falhas.
Quais são os tipos de data centers?
Os data centers para empresas podem ser classificados em duas categorias principais: on-premise e comerciais. Cada modelo tem características próprias e atende a diferentes necessidades.
Data centers on-premise
Esse tipo de data center é interno à empresa, ou seja, toda a infraestrutura fica dentro das instalações da organização. Ele garante controle total sobre segurança, recursos e desempenho, permitindo que a empresa personalize sua operação conforme suas necessidades.
Embora ofereça autonomia completa, um data center on-premise exige um alto investimento. Além dos servidores e equipamentos, é necessário manter uma equipe de TI especializada para gerenciar rede, redundância energética, refrigeração e segurança.
Data centers comerciais
Já os data centers comerciais, são operados por provedores que vendem infraestrutura e serviços para empresas que preferem não manter servidores próprios. Esse modelo permite escalabilidade e redução de custos, pois a empresa paga apenas pelo que utiliza.
Os grandes players globais, como Google, AWS e Microsoft, dominam esse mercado, mas existem também provedores nacionais oferecendo soluções personalizadas. Alguns dos serviços mais comuns nesse modelo incluem:
- PaaS (Plataforma como Serviço)
- SaaS (Software como Serviço)
- IaaS (Infraestrutura como Serviço), incluindo data centers virtuais
- Locação de servidores dedicados
- Virtualização de servidores e desktops
- Hospedagem em nuvem
A decisão entre um data center on-premise ou comercial depende do modelo de negócio. Empresas que priorizam controle e segurança total tendem a escolher a primeira opção, enquanto aquelas que buscam flexibilidade e escalabilidade preferem soluções na nuvem.
Classificação de data centers: Tier 1, 2, 3 e 4
Os data centers para empresas são classificados pelo padrão Tier, que define os níveis de infraestrutura, redundância e disponibilidade. Esse sistema ajuda as empresas a escolherem a melhor opção para garantir segurança, continuidade operacional e eficiência.
Tier 1: Estrutura básica
O Tier 1 é o mais simples, contando com uma única fonte de energia e refrigeração, sem redundância significativa. Qualquer falha pode causar indisponibilidade imediata, tornando esse modelo viável apenas para operações que não dependem de alta disponibilidade.
Tier 2: Redundância parcial
Os data centers Tier 2 já possuem geradores e sistemas de backup, o que reduz o risco de quedas inesperadas. Porém, ainda podem precisar de paradas programadas para manutenção, o que impacta a continuidade dos serviços.
Tier 3: Alta disponibilidade
O Tier 3 é um dos mais utilizados por empresas que precisam de operação contínua, já que permite manutenção sem interrupção. Com N+1 redundância, garante 99,982% de disponibilidade, permitindo até 1,6 horas de inatividade por ano.
No entanto, muitas empresas alegam ter data centers Tier 3, mas possuem apenas a certificação de design—ou seja, no projeto, atendem aos requisitos, mas na operação real, podem não oferecer a redundância necessária. Para garantir que um data center Tier 3 realmente entregue o desempenho prometido, é essencial buscar certificações de construção e operação, e não apenas de design.
A EVEO se destaca nesse cenário por possuir um data center Tier 3 real, garantindo infraestrutura robusta, redundância real e alta disponibilidade para as empresas que não podem correr riscos.
Tier 4: Máxima disponibilidade
O Tier 4 oferece 99,995% de disponibilidade, com no máximo 30 minutos de inatividade por ano. Ele conta com N+2 redundância, permitindo que o sistema continue operando mesmo em caso de duas falhas simultâneas.
No Brasil, não existem data centers comerciais Tier 4. No entanto, data centers privados, como o do Banco Santander em Campinas e o da Telebras em Brasília, possuem essa certificação, mas são destinados a operações internas e não oferecem serviços para outras empresas.
E os Data Centers Virtuais? O que são?
Agora que já vimos os diferentes tipos de data centers para empresas e entendemos que um data center virtual pode ser criado a partir de um físico, é importante analisar as diferenças na gestão dessas soluções.
Cada modelo tem implicações em orçamento, contratação de pessoal, investimentos e escalabilidade. Vamos explorar os principais pontos:
Data center local
Um data center local é uma infraestrutura física administrada pela própria empresa. Como vimos anteriormente, ele pode ser on-premise ou comercial, e sua operação envolve custos elevados com equipamentos, manutenção e equipe técnica especializada.
Além do investimento inicial para compra e montagem, há despesas contínuas com energia, segurança, atualizações de hardware e peças de reposição. A principal vantagem desse modelo é que a empresa tem controle total sobre seus sistemas e dados, garantindo autonomia e personalização da infraestrutura.
Data center virtual
Já o data center virtual opera 100% na nuvem, permitindo que as empresas utilizem infraestrutura como serviço (IaaS), sem a necessidade de manter servidores físicos próprios.
Nesse modelo, um provedor vende parte da sua estrutura para que outras empresas montem seus sistemas, aproveitando os benefícios da virtualização. O acesso é feito via web, e os recursos podem ser escalados conforme a demanda.
Entre as principais vantagens do data center virtual, estão:
- Custo reduzido em comparação com a estrutura física
- Escalabilidade rápida sem necessidade de grandes investimentos
- Tecnologia sempre atualizada, sem preocupação com upgrades de hardware
- Foco no negócio, sem precisar gerenciar infraestrutura complexa
Para empresas que buscam desempenho e flexibilidade, um data center virtual pode ser a melhor escolha.
Quais os benefícios do data center virtual para a empresa?
No tópico anterior, vimos que um data center virtual é uma solução acessível para empresas de todos os portes e segmentos. Agora, vamos explorar de forma prática as vantagens dessa tecnologia e como ela pode impactar positivamente seu negócio.
Estabilidade garantida
Se a sua empresa precisa de um data center, significa que a disponibilidade ininterrupta é um fator essencial. Ao optar por um data center virtual, com um provedor confiável, sua operação terá a segurança e a estabilidade necessárias para garantir um ambiente sempre acessível para colaboradores e clientes.
Diferente de um data center on-premisse, onde a manutenção e o gerenciamento são responsabilidades internas, um data center virtual é administrado por especialistas cujo core business é justamente garantir desempenho, segurança e continuidade operacional. Isso permite que sua equipe de TI foque em tarefas estratégicas, como suporte interno, desenvolvimento e segurança da informação.
Escalabilidade e personalização sob demanda
Montar um data center físico exige um planejamento antecipado para diferentes cenários, o que pode levar a infraestrutura ociosa e custos desnecessários. No modelo virtual, você contrata exatamente o que precisa, sem desperdícios.
Se houver necessidade de expansão ou redução de recursos, basta ajustar o plano de forma ágil, garantindo que sua empresa pague apenas pelo que usa. Esse modelo é ideal para negócios que enfrentam variações sazonais, pois permite aumentar ou reduzir a capacidade sem burocracia ou investimentos adicionais em hardware.
Acesso às tecnologias mais modernas
Empresas que mantêm data centers locais precisam acompanhar constantemente as atualizações de hardware e software. Com a rápida evolução da tecnologia, essa tarefa pode se tornar um grande desafio e consumir recursos financeiros que poderiam ser investidos no crescimento do negócio.
Com um data center virtual, essa preocupação desaparece. A infraestrutura está sempre atualizada com as melhores tecnologias do mercado, sem que sua empresa precise arcar com custos extras. O próprio provedor assume essa responsabilidade, garantindo que sua empresa tenha acesso a soluções modernas e de alto desempenho.
Redução de custos operacionais
Manter um data center físico exige investimentos significativos em equipamentos, equipe especializada, espaço físico, energia elétrica e manutenção. No modelo virtual, todos esses custos são eliminados ou significativamente reduzidos, pois fazem parte da infraestrutura do provedor.
Além disso, como os custos fixos do provedor são diluídos entre várias empresas, a sua organização pode acessar mais recursos por um preço menor, tornando o investimento muito mais vantajoso.
Como escolher o melhor data center virtual?
Agora que você já conhece os tipos de data centers e as vantagens de investir em uma solução virtual, é hora de entender como escolher o provedor ideal para atender às suas necessidades e garantir o máximo desempenho e segurança.
Analise a credibilidade do provedor
Um dos pontos mais importantes ao escolher um data center virtual é a transparência dos serviços oferecidos. Além dos benefícios apresentados, fique atento a questões essenciais, como segurança de dados, políticas de backup e recuperação, firewall e proteção contra ataques cibernéticos.
Quanto maior o acesso a essas informações e mais transparente for o provedor, menor o risco de surpresas desagradáveis ou cláusulas problemáticas no contrato.
Outra dica é buscar referências de clientes atuais, preferencialmente empresas do seu setor. Isso permite uma análise mais precisa sobre a qualidade do serviço prestado e como o provedor lida com desafios semelhantes aos da sua operação.
Verifique os pacotes de serviços disponíveis
Um dos grandes diferenciais de um data center virtual é a possibilidade de personalização. Mas, para garantir escalabilidade e flexibilidade, o provedor precisa oferecer planos e configurações compatíveis com as demandas da sua empresa.
Antes de fechar contrato, avalie se as soluções disponíveis incluem espaço de armazenamento, desempenho dos servidores, nível de segurança e possibilidade de upgrades conforme o crescimento do negócio.
Avalie a infraestrutura do fornecedor
Embora um data center virtual elimine a necessidade de gerenciar uma infraestrutura física própria, isso não significa que você deva ignorar onde seus dados estarão armazenados.
Se o objetivo é contar com alta disponibilidade e desempenho, é essencial que o provedor tenha infraestrutura moderna e certificações que comprovem a confiabilidade do ambiente físico e tecnológico.
Suporte técnico de qualidade
Mesmo com uma infraestrutura robusta, imprevistos podem acontecer. Por isso, um suporte técnico eficiente é fundamental para garantir que qualquer problema seja resolvido rapidamente, evitando prejuízos e indisponibilidade dos sistemas.
Antes de contratar, verifique o tempo de resposta, os canais de atendimento e a disponibilidade do suporte. Um bom provedor deve oferecer atendimento ágil e especializado para manter sua empresa operando sem interrupções.
A melhor solução de data center para a sua empresa
Independentemente do porte ou segmento do seu negócio, escolher o data center certo é essencial para garantir segurança, escalabilidade e alta disponibilidade. Seja investindo em um data center próprio ou optando por soluções em nuvem, contar com uma infraestrutura confiável faz toda a diferença na continuidade e no desempenho das operações.
Quer mais estabilidade e eficiência? Fale com um especialista da EVEO e descubra como nossas soluções de data center podem impulsionar o crescimento da sua empresa.
Deixe um comentário