Já reparou como a conta da nuvem pode sair mais alta do que o esperado? Um dos grandes responsáveis por isso é o tráfego de saída de dados, muitas vezes ignorado até que a fatura chega. Enquanto a entrada de dados geralmente não é cobrada, a saída quase sempre tem um custo, e dependendo do volume transferido, esse valor pode crescer rapidamente.
Empresas que movimentam grandes volumes de dados de forma recorrente são as que mais sentem esse impacto. E o problema fica ainda maior quando não há transparência na cobrança, tornando difícil prever o gasto real com a nuvem.
Neste artigo, você vai entender o que é o egress traffic, quando ele se torna um problema e como reduzir esse custo com estratégias eficientes.
O que é egress traffic e por que ele importa?
Se sua empresa usa computação em nuvem, já deve ter ouvido falar em egress traffic — ou, em bom português, tráfego de saída. Esse termo se refere a dados que saem da sua rede para um destino externo, como outro servidor, um banco de dados remoto ou até mesmo o dispositivo de um usuário final.
Agora, um detalhe importante: enquanto o tráfego de entrada (ingress traffic) — ou seja, os dados que chegam à sua rede — geralmente não é cobrado, o tráfego de saída quase sempre tem custo.
Sempre que um arquivo é baixado da nuvem, transferido para outro serviço ou entregue a um usuário, há uma movimentação de dados que pode ser tarifada pela provedora. Os valores variam conforme a quantidade de dados transferida e a localização do destino.
O egress traffic está presente em diversas operações do dia a dia, como:
- Streaming de vídeos e arquivos, quando dados são transmitidos para fora do ambiente de armazenamento em nuvem.
- Backups externos, que envolvem o envio de cópias de segurança para outra plataforma ou servidor.
- Comunicação entre servidores, especialmente ao mover informações entre diferentes regiões da mesma provedora.
Se não for bem gerenciado, o tráfego de saída pode gerar custos inesperados e pesar na conta da nuvem. Monitorar e otimizar essa movimentação de dados é essencial para manter um equilíbrio entre eficiência e gastos.
Como o egress traffic é cobrado pelos provedores de nuvem?
A cobrança pelo tráfego de saída é algo comum entre os provedores de nuvem, mas não é uma regra absoluta.
Em serviços como AWS, Google Cloud e Microsoft Azure, o modelo é claro: você pode usar toda a largura de banda que precisar, mas paga pelos dados que saem da nuvem. Isso acontece porque a movimentação de dados exige infraestrutura e, muitas vezes, trafega por redes de terceiros, o que gera custos para a provedora.
A maioria dos provedores segue um esquema baseado em volume transferência de dados, destino e meio de saída:
- Taxa por GB transferido: cada gigabyte enviado para fora da nuvem tem um custo, que pode diminuir com volumes maiores.
- Cobrança por região: mover dados dentro do mesmo data center pode ser gratuito, mas transferências para outras regiões ou para a internet geralmente são tarifadas.
- Tipo de serviço utilizado: algumas plataformas oferecem valores reduzidos para CDNs (Content Delivery Networks), enquanto a saída direta para a internet costuma ser mais cara.
Quanto custa o tráfego de saída de dados na nuvem?
A taxa de saída de dados varia, mas serviços de nuvem podem cobrar até US$ 0,12 por GB para dados enviados. Parece um valor pequeno, mas pode se tornar um problema para empresas que lidam com streaming, backups frequentes ou replicação de dados entre regiões.
Mesmo dentro do próprio provedor, movimentar informações entre regiões distintas pode sair caro. Um banco de dados rodando no Brasil e um servidor de aplicação nos EUA, por exemplo, pode gerar cobranças que muitas empresas só percebem ao fechar a fatura.
E os provedores que não cobram taxa de saída?
Nem todos os provedores seguem esse modelo. Algumas empresas, especialmente provedores nacionais, optam por oferecer banda flat, sem tarifação por volume de dados. Isso acontece porque possuem infraestrutura própria e um backbone robusto, sem necessidade de repassar custos adicionais ao cliente.
Esse modelo é ideal para empresas que precisam de previsibilidade nos custos, sem se preocupar se um pico de tráfego vai resultar em uma conta inesperada. No final das contas, a escolha do provedor certo depende de quanto você precisa mover de dados e do impacto que isso pode ter no orçamento.
Quando o custo do tráfego de dados pode virar um problema?
O custo de saída de dados vira um problema quando não há transparência e previsibilidade. A cobrança acontece em segundo plano, sem alertas ou limites claros, e muitas empresas só percebem o impacto quando a fatura chega — e, às vezes, já é tarde demais para corrigir o curso.
A falta de previsibilidade complica ainda mais a gestão. Você pode ter uma estimativa de consumo, mas pequenos volumes diários podem se acumular e virar um custo significativo. E o pior: muitas dessas transferências poderiam ser evitadas com um planejamento mais eficiente.
Alguns dos exemplos mais comuns são:
Transferências frequentes entre regiões de data centers
Separar infraestrutura em múltiplas regiões pode ser uma estratégia interessante, mas se os sistemas precisarem trocar dados constantemente, cada movimentação pode gerar uma cobrança. O que parece uma simples sincronização entre um banco de dados em São Paulo e servidores de aplicação em Nova York pode virar um custo fixo difícil de justificar.
Integrações com serviços externos
APIs, aplicações SaaS, comunicação entre sistemas... tudo isso pode gerar tráfego de saída sem que ninguém perceba. Se a integração não for bem planejada, cada requisição pode estar consumindo banda e elevando os custos de forma invisível.
Recuperação de backups sem otimização
Baixar um backup da nuvem pode custar caro. O problema fica ainda maior quando os dados não são organizados e precisam ser recuperados com frequência. Se a política de backup não for otimizada, a empresa pode estar pagando mais do que deveria sempre que precisar restaurar informações.
O egress traffic não precisa ser um vilão, mas sem controle, ele pode se tornar um problema sério. O segredo está em acompanhar o consumo e buscar formas de reduzir transferências desnecessárias, garantindo que a nuvem continue sendo uma solução eficiente — e não um custo imprevisível.
Como reduzir os custos com egress traffic?
O tráfego de saída pode ser um custo invisível, mas não é impossível de controlar. Com algumas estratégias, dá para reduzir a movimentação desnecessária de dados e manter a conta da nuvem sob controle sem comprometer o desempenho.
Use CDNs para minimizar transferências diretas
Se sua aplicação entrega conteúdo estático (imagens, vídeos, arquivos, páginas web), uma CDN (Content Delivery Network) pode reduzir significativamente o tráfego de saída.
Em vez de os dados serem enviados diretamente da nuvem para cada usuário, a CDN distribui cópias dos arquivos em servidores mais próximos do destino final. Isso diminui a carga no seu ambiente principal e reduz a quantidade de dados saindo da infraestrutura principal.
Evite movimentação desnecessária de dados
Uma das formas mais simples de reduzir o custo de saída de dados é evitar mover informações sem necessidade. Isso vale especialmente para armazenamento em nuvem: se os dados precisam ser acessados frequentemente, mantê-los no local correto dentro da infraestrutura pode evitar transferências desnecessárias entre regiões ou provedores.
Escolha data centers mais próximos
A localização da infraestrutura faz diferença. Mover dados dentro do mesmo data center ou região da nuvem geralmente não gera custos, enquanto transferências entre diferentes regiões ou para a internet podem ser cobradas. Se sua operação atende um público local, faz sentido escolher uma infraestrutura mais próxima dos usuários finais para reduzir o tráfego entre regiões.
Comprima e deduplique dados antes de transferir
O volume de dados transferidos impacta diretamente no custo de saída de dados. Técnicas como compressão e deduplicação ajudam a reduzir a quantidade de informações enviadas sem comprometer a integridade dos arquivos.
- Compressão: compacta os dados antes da transferência, reduzindo o tamanho do arquivo enviado.
- Deduplicação: identifica e elimina cópias redundantes, garantindo que apenas os dados essenciais sejam movimentados.
Com um pouco de planejamento e otimização, o egress traffic pode deixar de ser um problema para o orçamento. O segredo está em minimizar transferências desnecessárias e estruturar a nuvem de forma inteligente, garantindo eficiência sem desperdício.
Como a EVEO pode ajudar a reduzir esses custos?
Diferente de muitos provedores que cobram por cada gigabyte transferido, a EVEO não aplica taxa de saída de dados. Isso é possível porque temos um backbone robusto e estruturado para oferecer banda flat, sem necessidade de repassar esse custo ao cliente.
Na prática, isso significa que sua empresa pode movimentar grandes volumes de dados sem precisar monitorar cada transferência para evitar cobranças extras. Além disso, a infraestrutura nacional reduz a latência e melhora a estabilidade da rede, garantindo mais desempenho e previsibilidade.
Mas os custos com nuvem vão além do tráfego de saída. Muitas empresas pagam mais do que deveriam porque não aproveitam sua infraestrutura de forma eficiente. Com mais de 10 anos de experiência, a EVEO auxilia empresas a otimizar recursos, reduzir desperdícios e alinhar a arquitetura da nuvem às reais necessidades do negócio.
Se o custo do egress traffic tem sido um desafio, é hora de buscar uma solução mais eficiente. Com a EVEO, você tem mais controle, mais desempenho e nenhuma surpresa na fatura.
Se o custo de saída de dados tem sido um problema para a sua operação, talvez seja hora de buscar uma solução que não transforme o tráfego da nuvem em uma cobrança inesperada. Com a Nuvem da EVEO, você tem liberdade para expandir sua infraestrutura sem surpresas na fatura.
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