Quando falamos em computação em nuvem, sempre pensamos em armazenamento como se fosse um recurso único e padronizado. A verdade é que, tanto em dispositivos quanto nos serviços cloud, a tecnologia que garante ao armazenamento pode variar. A diferença das tecnologias não é apenas protocolar, os diferentes tipos de armazenamento entregam velocidades, capacidades e conexões diferentes, é importante que você conheça essas diferenças antes de definir a sua escolha.
Por mais que pareça irrelevante se preocupar com a tecnologia que envolve o armazenamento na nuvem, temos que lembrar que, com a transformação digital, o número de dados que são produzidos nas empresas está crescendo vertiginosamente. Contar com o modelo ideal de dispositivo de armazenamento fará toda a diferença no longo prazo, em que a empresa necessitará de agilidade e segurança nas requisições.
Nesse post, explicaremos detalhadamente as três principais tecnologias utilizadas para o armazenamento de dados. São elas: SSD, SAS e SATA. Confira!
O que é SATA?
O nome SATA vem de Serial ATA — do inglês “Advanced Technology Attachment” —, que é o modelo de HD que substituiu os antigos IDE, corrigindo antigas limitações desse hardware. A sigla indica como os dados são transmitidos do PC para o drive. A diferença para o IDE é que a transferência é feita em série não mais em paralelo. A vantagem do SATA é fazer a conexão direta entre o armazenamento e o controlador, com sua arquitetura ponto a ponto.
Quais são as principais vantagens dessa tecnologia?
O SATA privilegia a refrigeração dos componentes internos, pois os modelos com 80 filamentos foram substituídos por fios planos com 7 filamentos mais finos. Como os cabos são mais estreitos, há um maior aproveitamento do comprimento deles.
Nesse modelo mais novo, temos 2 fios sendo utilizados para a recepção e 2 para o envio de dados, sendo que os 3 restantes ficam com a função de fio terra. Essa divisão em 2 canais separados, um para receber e outro para enviar, melhora a frequência de dados, eliminando os problemas de sincronização, que eram causados com as interferências e pela falta de sincronização.
Em suma, podemos dizer que os HDs SATA melhoram as transmissões de dados, se mostrando muito mais eficiente do que o padrão master-slave dos antigos IDEs.
O que é SAS?
O SAS é a evolução do SATA, mantendo a comunicação em paralelo, mas entregando um padrão totalmente novo de SCSI. Podemos dizer que o SAS está para o SATA, e que o SATA está para o IDE.
Como funciona a tecnologia SAS?
Ao contrário dos outros modelos de HD, que só entra em atividade quando há uma requisição, o SAS fica ativo o tempo todo, enquanto o computador está ligado. Os modelos apresentam uma vedação excelente, capaz de impedir a entrada de poeira e de ar que poderiam danificar o sistema e impedir o acesso a arquivos. Os discos rígidos ficam dispostos sobre um eixo rotativo de alta velocidade.
No modelo SAS, a comunicação se dá via transmissão seria, e full-duplex, com uma taxa média de 3 gigabytes por segundo no envio e recebimento de dados. O comprimento dos dados pode chegar a 8 metros, oferecendo um suporte hot-plug, podendo conectar 4 dispositivos em cada.
Quais são as principais vantagens do SAS?
O modelo SAS, por ser uma evolução criada com base no SATA, apresenta uma boa compatibilidade com o padrão mais antigo. A vantagem desse modelo é poder conectar vários HDs em uma única porta — com a utilização de extensores. Além de entregar uma maior capacidade de armazenamento, o SAS entrega mais velocidade do que o modelo anterior. Isso acontece graças aos eletroímãs que estão em seu interior.
O que é a tecnologia SSD?
O SSD é uma tecnologia de armazenamento que veio como uma espécie de evolução dos HDs, até então dominantes quando o assunto era armazenamento de alto escala. A primeira grande diferença entre os SSD e os HDs é que o primeiro não tem partes móveis. O aparelho é desenvolvido em torno de um circuito integrado semicondutor, que fica responsável pelo armazenamento; diferentemente dos HDs, que dependem dos sistemas magnéticos.
Mas quais são as diferenças práticas entre o SSD e o HD?
Já sabemos que o SSD dispensa as partes mecânicas, isso reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silenciosos. Por não depender dessas partes móveis, o acesso à memória flash é reduzido em relação aos HDs, ou seja, as requisições são mais rápidas.
Essa ausência também dá uma maior resistência aos SSDs, por ser constituído em bloco. Isso torna os computadores dotados de SSD mais rápidos do que os dotados de HDs: ou seja, para atingir uma velocidade semelhante, os HDs dependem de muito mais energia.
Agora você tá pensando: mas se o SSD é tão vantajoso em relação ao HD, por que ele não substituiu completamente os velhos discos rígidos? Porque esses pequenos e velozes dispositivos são mais caros do que os HDs — para empresas que trabalham com volume de armazenamento, o custo de cada gigabyte do SSD acaba sendo bem mais caro do que o SSD.
É claro que, como tudo no mundo da tecnologia, o barateamento do armazenamento em SSD é questão de tempo, o que coloca essa tecnologia como uma real substituta do HD, e não apenas como uma alternativa.
Como escolher a melhor solução?
A escolha da melhor solução para os serviços cloud deverá ser feita baseada em uma análise de custo-benefício. Temos os dois modelos de HDs, o SATA e o SAS e o SSD como opções de armazenamento. Já sabemos que o SSD é um pouco mais caro, mas entrega uma velocidade e eficiência melhor do que os HDs.
Em contrapartida, o HD SAS, traz a evolução do SATA e, mesmo com uma tecnologia que envolve componentes móveis, traz um sistema muito mais seguro e vedado, com proteção anti-impacto, que entrega uma qualidade importante para os serviços de nuvem. Converse com o seu provedor e analise os planos, de acordo com o volume de dados que a sua empresa produz, e veja aquele que atenda melhor ao seu bolso.
Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido a diferença entre os modelos de armazenamento. Com esse conhecimento, você terá mais base para opinar na hora de negociar os serviços cloud para a sua empresa, agregando desempenho e confiabilidade para os seus dados.
Gostou do post? Então continue com a gente e entenda por que a sua empresa deve investir em um servidor de arquivos hoje mesmo.
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