Imagina que, num dia qualquer, o servidor principal da empresa cai. Tudo, e de repente, ninguém acessa mais o sistema, o faturamento trava, e o time de TI corre atrás do que deu errado. É nesse exato momento que muita gente descobre, do pior jeito, o que significa disaster recovery, ou melhor, o que significa não ter um plano de recuperação de desastres.
Mas o conceito vai muito além de simplesmente restaurar um backup. Disaster recovery, ou recuperação de desastres, é sobre garantir continuidade de negócios quando o improvável acontece. É a estratégia que define como sua infraestrutura vai reagir a uma falha crítica, seja uma queda de energia, um ataque cibernético ou até um erro humano. E, sim, esse último é mais comum do que parece.
Hoje, praticamente todas as empresas dependem de sistemas que não podem parar. E o custo da inatividade está cada vez mais alto.
De acordo com a Pesquisa de Custo de Indisponibilidade por Hora da ITIC (2024), 90% das médias e grandes empresas registram perdas superiores a US$ 300 mil por hora de inatividade. Em 41% dos casos, o impacto financeiro pode alcançar entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões por hora, em média.
Disaster recovery é o conjunto de procedimentos de recuperação, ou seja: o que você faz deveria fazer antes, durante e depois de um evento que paralisa parte da TI (física ou em nuvem).
Ter um backup é parte da equação, mas está longe de ser suficiente. Backup é só uma cópia dos dados. Recuperação de desastres é o processo completo de restaurar não só os arquivos, mas também os sistemas, as aplicações, a rede e o acesso dos usuários, tudo o que mantém o negócio de pé.
Um bom plano de DR estabelece dois parâmetros cruciais: RTO (Recovery Time Objective), o tempo máximo que a operação pode ficar parada, e RPO (Recovery Point Objective), o ponto até onde os dados podem ser recuperados sem comprometer o negócio. Traduzindo: quanto tempo e quantas informações você está disposto a perder?
Essas duas respostas moldam toda a estratégia. Uma operação bancária, por exemplo, talvez aceite perder no máximo alguns minutos de dados; já uma operação logística pode tolerar algumas horas. A partir daí, define-se a infraestrutura e os procedimentos de recuperação necessários para atingir esses objetivos.
A confusão é comum. O backup serve para armazenar dados em outro local, é uma fotografia do momento. Já o plano de recuperação de desastres é um filme completo, com roteiro, elenco e direção. Ele prevê como e onde esses dados serão restaurados, em quanto tempo e de que forma a empresa continuará operando enquanto isso.
A EVEO, por exemplo, oferece o serviço de Disaster Recovery as a Service (DRaaS) que replica o ambiente da empresa em um data center secundário e garante failover externo praticamente instantâneo. Na prática, isso significa que, se o ambiente principal cair, o sistema “liga” automaticamente em outro ponto, e o negócio segue funcionando. O tempo de recuperação é menos de uma hora para workloads críticos, uma diferença brutal em comparação ao backup tradicional, que pode levar horas (ou dias) para restaurar um único terabyte de dados.
O cenário de ameaças mudou. A expansão da nuvem, a dependência de sistemas críticos e o aumento de ataques de ransomware colocaram o disaster recovery no centro das discussões de infraestrutura. Só no primeiro trimestre de 2025, o Brasil registrou mais de 315 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo a Fortinet. E cada uma dessas tentativas tem potencial para comprometer dados e interromper operações inteiras.
Mas não é só sobre ataques. Falhas de hardware, desastres naturais e até quedas regionais de energia continuam sendo causas frequentes de downtime. E o problema é que, muitas vezes, as empresas percebem a importância do tema apenas quando o sistema já parou. Aí é tarde demais.
Implementar uma estratégia de DR é, antes de tudo, uma questão de maturidade operacional. É planejar o que fazer antes da crise, em vez de improvisar durante ela. E, sinceramente, todo time de TI que já passou por um incidente sabe: improviso custa caro.
Pense em duas infraestruturas: a principal, que está rodando agora, e uma secundária, que fica “espelhando” tudo o que acontece. Em caso de falha, o sistema é automaticamente redirecionado para essa cópia: o famoso failover.
No modelo DRaaS, como o da EVEO, todo esse processo é automatizado e gerenciado por especialistas. A solução faz replicação contínua de dados e sistemas, garante a extensão das redes locais para que o ambiente alternativo funcione exatamente como o original e ainda realiza testes automatizados para validar se o plano realmente funciona. Isso elimina aquele cenário de “achamos que estava pronto, mas não testamos”.
O cliente não precisa se preocupar com scripts, replicação manual ou orquestração, tudo é gerenciado. E, o mais importante: tudo é testado. Porque, convenhamos, um plano de DR que nunca foi testado é quase o mesmo que não ter plano nenhum.
Um estudo da Vultus Cybersecurity Ecosystem revelou que 67% das empresas ainda não possuem processos estruturados para proteção digital, e 55% nunca implementaram monitoramento contínuo de ameaças.
O que acontece é o caos. Perda de dados, clientes insatisfeitos, contratos rompidos, impacto em reputação e, claro, prejuízo financeiro. A ausência de estratégias de recuperação não só compromete o presente, mas pode afetar a confiança do mercado e dos clientes no longo prazo.
Pior ainda: muitos negócios têm a falsa sensação de segurança porque “fazem backup todo dia”. Só que, quando chega a hora de restaurar, descobrem que o backup está corrompido, que o processo é lento ou que falta estrutura para colocar tudo de volta em pé.
A verdade é que um plano de disaster recovery não é luxo. É uma necessidade, e, cada vez mais, um diferencial competitivo.
Vale, e muito. O disaster recovery deixou de ser uma prática “de grandes corporações” para se tornar acessível via serviços em nuvem. E pensar nisso agora pode ser o que vai salvar a operação no futuro.
Empresas que se preparam não só reduzem o tempo de inatividade e o risco de perda de dados, mas também demonstram solidez e confiança ao mercado. E confiança, em TI, é tão valiosa quanto uptime.
A questão, no fim das contas, é simples: quando o inesperado acontecer, porque vai acontecer, sua empresa vai conseguir continuar operando? Se a resposta ainda é “não sei”, talvez seja hora de começar a montar seu plano de disaster recovery.
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