Aproximadamente metade dos casos de interrupções nas operações de negócio costumam ser por falhas de software ou de rede, levando à paralisações instantâneas dos sistemas. Isso significa que todas as empresas já vivenciaram esse problema em algum momento de sua existência.
Neste cenário, o Disaster Recovery as a Service (DRaaS) torna-se vital para impedir que tal problema se repita. Ainda não conhece a solução? Descubra tudo sobre o assunto a partir de agora!
O que é Disaster Recovery as a Service (DRaaS)?
O DRaaS consiste na replicação de dados, sistemas e servidores físicos ou virtuais para fornecer acesso rápido em casos de catástrofes de caráter acidental (incêndios, rompimento de fibra, falha no provedor de cloud, etc.) ou natural (inundações, raios, etc.).
A estratégia visa proteger toda a infraestrutura de TI da empresa, criando sistemas resilientes para garantir o uso de servidores, redes e dados mesmo durante o processo de recuperação daquele que foi interrompido. Ou seja, a empresa passa a gerenciar melhor os riscos e reduz os danos e os custos financeiros que podem resultar dessas paralisações, não tendo mais o seu funcionamento interrompido em hipótese alguma.
Como funciona o DRaaS?
A contratação de um serviço de DRaaS é baseado principalmente na quantidade de servidores e espaço em disco consumido por eles. O preço deve variar conforme as necessidades da empresa e só sofre grandes alterações quando é preciso utilizá-lo de fato. Por exemplo: imagine que sua empresa tenha um Data Center local e, por algum motivo, ele sai do ar, ficando inoperante por 5 horas.
Se a operação desse Data Center contar com uma solução de DRaaS ativa, ele passará a funcionar com servidores auxiliares localizados em um Data Center externo, onde fica armazenado o backup em tempo real desses servidores, passando a consumir então memória, banda e CPU, o que resultará em uma cobrança adicional pelo tempo de uso (5 horas) somado à mensalidade fixa do mês em questão.
Já o valor fixo da mensalidade é baseado no espaço, número de servidores e outros recursos que a empresa precise usar para tornar a solução de recuperação de desastres mais eficiente e transparente.
Por exemplo: se a empresa possui servidores que consomem um total de 1 TB de espaço em storage, terá que contratar 1 TB de espaço também dentro da solução de DRaaS, pois todo o conteúdo é replicado e precisará da mesma quantidade de storage consumida. No caso do número de servidores, que podem ser tanto físicos como virtuais, se a empresa utilizar 30 mas quiser replicar apenas 10 que são essenciais e não podem parar nunca, também é possível. Toda a solução pode ser personalizada de acordo com as necessidades da empresa.
Qual é a diferença entre backup e DRaaS?
O backup, seja físico ou na nuvem, é bem diferente do DRaaS. Conheças as principais diferenças entre eles:
Backup
O backup é baseado na cópia de arquivos em dispositivos físicos (HD externo, pendrives, CDs, computadores etc.) ou na nuvem (servidores virtuais online como o Google Drive, Dropbox, etc.) para garantir o acesso e recuperação quando forem danificados ou perdidos.
No caso do backup na nuvem, os dados podem ser acessados de qualquer lugar, bastando apenas um dispositivo que se conecte à internet.
DRaaS
Enquanto o backup se concentra apenas na cópia e armazenamento de dados, o DRaaS replica sistemas operacionais e de rede, servidores, páginas de internet e o que mais fizer parte da infraestrutura de TI da empresa.
Outra diferença é que no backup os dados precisam ser baixados para serem recuperados, enquanto que no DRaaS entrega-se acessibilidade e disponibilidade em tempo real (ambiente online), sem a necessidade de downloads ou novas configurações.
Por exemplo: considere uma empresa de seguros que tem um Data Center local, com servidores ligados em rede, bancos de dados e sistemas operacionais, tudo mantido internamente. De repente um acidente causa o rompimento da fibra óptica que liga a infraestrutura interna da empresa com a internet, tirando o sistema do ar imediatamente.
Nesse cenário, a empresa tem o seu funcionamento impedido, não conseguindo atender as chamadas dos clientes no momento em que mais precisam, como a solicitação de um guincho, por exemplo. São situações como essa que obrigam as empresas a contarem com o DRaaS.
Ele é tão flexível que mesmo que a sua empresa não tenha uma infraestrutura na nuvem, precisando ou preferindo manter os servidores em um Data Center físico local, ele pode ser adotado como medida de segurança. De forma bem simplista, podemos dizer que é como ter um gerador de energia particular: quando falta luz, é só recorrer a ele.
Quais são as vantagens do Disaster Recovery as a Service?
Além de neutralizar os riscos e reforçar a disponibilidade da infraestrutura de TI da empresa, o DRaaS apresenta outras vantagens. São elas:
A necessidade de investimento é menor
As soluções de Disaster Recovery (DR) existem há muito tempo, mas sempre foram muito caras e apenas grandes empresas utilizavam. O Data Center tinha que ser replicado, literalmente. Ao investir na aquisição de um servidor que custasse R$ 100 mil tinha que se pensar dobrado, comprando 2, multiplicando o custo para manter a estratégia de backup através de DR.
Agora, com os avanços e popularização das tecnologias em nuvem, os planos de Disaster Recovery tornaram-se “as a service” e o custo ficou infinitamente menor, tornando a estratégia mais acessível às empresas de todos os tamanhos. O investimento também ganhou custos mais previsíveis.
Aumenta a disponibilidade da empresa
A maioria das empresas ainda não contam com o DRaaS e nem com um plano de Disaster Recovery comum, ficando reféns de paralisações, deixando de gerar receitas e aumentando os custos no processo. Porém, com o aperfeiçoamento da estratégia e preços mais justos, agora praticamente todas as empresas podem ter um plano de alta disponibilidade em sua infraestrutura de TI, minimizando a quase zero os riscos de terem os seus serviços fora do ar.
Garante a continuidade do negócio
Mesmo tendo benefícios parecidos com um backup em nuvem, o DRaaS se diferencia por manter o negócio funcionando (no ar) automaticamente, apenas trocando os servidores principais por servidores de backup em um Data Center completamente diferente. Isso não pode ser conseguido com um simples backup dos arquivos.
Por exemplo: digamos que o servidor de e-mails da sua empresa teve o sistema operacional danificado e todas as contas de e-mail ficaram inoperantes. Com um backup simples, o analista de infraestrutura precisará ativar e configurar um outro servidor do zero, instalar o sistema operacional, configurar o servidor de e-mails e somente depois baixar as cópias de arquivos — um processo que pode levar muito tempo e deixar a empresa inoperante por todo esse período.
Com o DRaaS isso seria diferente. Como toda a infraestrutura de servidores é replicada em tempo real em um Data Center externo, seria como começar a usar um servidor reserva imediatamente após o principal apresentar problemas, não interrompendo o trabalho de forma alguma.
A implementação é relativamente simples
Antigamente montar um plano de Disaster Recovery envolvia um processo complexo e caro, com aquisições de servidores e equipamentos de rede em um segundo Data Center físico, que deixava o investimento inicial custando mais do que o dobro. Hoje, com o DRaaS é bem mais fácil, barato e rápido de ser implementado, afinal, é tudo virtual.
Mas para ter sucesso é bom contar com um parceiro especializado no assunto e ter um apoio profissional, pois se trata de um serviço personalizado e extremamente técnico. Como cada empresa tem uma necessidade específica, não existe uma receita ou um passo a passo que funcione para todas.
Se você se importa com a disponibilidade da empresa 24x7x365, deve incluir o Disaster Recovery as a Service (DRaaS) em suas estratégias de TI.
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