A migração para a nuvem é o processo de transferir dados, aplicações e servidores de ambientes locais (on-premises) para plataformas de nuvem.
Mais do que simplesmente "mudar de lugar", essa transição é uma estratégia essencial para superar as limitações dos sistemas legados. Sistemas antigos, que já foram fundamentais para o negócio, acabam se tornando caros e difíceis de manter, além de perderem a flexibilidade necessária para acompanhar a evolução das empresas e as novas demandas de mercado.
A nuvem oferece um modelo mais eficiente e escalável, permitindo que empresas reduzam a dependência de infraestrutura física e se adaptem rapidamente às demandas do mercado. Mas o que fazer com esses sistemas legados? Migrar, adaptar ou aposentar?
Cada decisão representa uma oportunidade de inovação, e, neste artigo, você vai explorar as principais abordagens e desafios dessa jornada, entendendo como escolher o caminho certo para transformar a sua infraestrutura.
Afinal, o que são esses sistemas legados?
Sistemas legados são aplicações ou infraestruturas de TI antigas, mas ainda em uso, que foram desenvolvidas para atender às necessidades do passado e permanecem críticas para as operações atuais.
Embora cumpram funções importantes, esses sistemas apresentam limitações: são caros de manter, complexos de atualizar e podem não se integrar bem com tecnologias modernas, como plataformas de nuvem.
No entanto, cada sistema é único, e escolher a abordagem certa para a migração é essencial para garantir que a transição aconteça de forma eficiente e sem contratempos
Tipos de migração de sistemas legado
Migrar sistemas legados para a nuvem exige a escolha da abordagem certa. Cada estratégia tem seus benefícios e desafios, especialmente quando se lida com sistemas antigos que foram desenhados para ambientes muito diferentes dos atuais.
1. Lift-and-shift
Essa abordagem é a mais rápida: o sistema é movido para a nuvem sem alterações substanciais. Embora reduza rapidamente custos de infraestrutura, a aplicação não aproveita totalmente as vantagens dos recursos nativos da nuvem, como automação e escalabilidade dinâmica.
Ideal para: Empresas que querem se livrar rapidamente de servidores físicos podem usar lift-and-shift para garantir continuidade enquanto planejam otimizações futuras.
2. Replatforming
No replatforming, são feitas adaptações leves para melhorar a compatibilidade do sistema legado com a nuvem. Isso permite alguns ganhos de eficiência, sem a necessidade de reconstruir todo o sistema.
Ideal para: Se uma empresa deseja aproveitar algumas funcionalidades da nuvem, como backups automáticos e monitoramento em tempo real, sem modificar profundamente a aplicação original.
3. Refactoring
O refactoring é a solução mais transformadora: envolve reconstruir o sistema para funcionar de forma nativa na nuvem. Isso exige mais tempo e investimento, mas o resultado é um sistema otimizado, capaz de usar toda a flexibilidade e poder da nuvem.
Ideal para: Essa abordagem pode ser necessária para sistemas legados com mais de 20 anos de operação, mas implica lidar com códigos antigos e processos complexos
4. Retiring
Em alguns casos, o custo e o esforço de migrar certos sistemas legados não se justificam. Nesses casos, as empresas optam por aposentar ou substituir essas soluções por tecnologias mais modernas, como SaaS (Software as a Service).
Ideal para: Uma empresa pode substituir seu CRM legado por uma plataforma SaaS como Salesforce, eliminando custos de manutenção e ganhando acesso a recursos modernos.
Para sistemas legados, cada escolha precisa ser cuidadosamente avaliada, pois a migração não é apenas uma questão técnica, mas também uma oportunidade de renovação e inovação.
Desafios na Migração de Sistemas Legados
A migração de sistemas legados para a nuvem não é um processo simples.
Esses sistemas, muitas vezes desenvolvidos há décadas, possuem características únicas que tornam a transição um desafio tanto técnico quanto organizacional. Identificar e mitigar esses obstáculos é essencial para garantir que a mudança para a nuvem traga benefícios duradouros.
1. Complexidade estrutural
Sistemas legados costumam ser altamente interdependentes, com várias integrações que foram adicionadas ao longo do tempo para manter a operação funcional. Essa complexidade cria um efeito dominó: mudar um componente pode impactar todo o sistema.
A falta de documentação atualizada e a dependência de tecnologias obsoletas agravam o problema, tornando difícil dividir e migrar essas aplicações sem comprometer a operação.
2. Compatibilidade e integração
Tecnologias antigas geralmente não são compatíveis com plataformas de nuvem modernas. Isso pode resultar em dificuldades na integração de sistemas críticos, como ERPs e bancos de dados legados, com serviços de nuvem mais novos. A migração também pode exigir adaptações ou reconstruções de APIs e interfaces, o que demanda tempo e recursos.
Exemplo: Um sistema legado que depende de um banco de dados desatualizado pode exigir que a empresa reestruture partes do código ou use ferramentas de middleware para que ele funcione corretamente na nova plataforma.
3. Riscos de segurança e perda de dados
Durante a migração, há riscos consideráveis relacionados à segurança e à integridade dos dados. Transferir grandes volumes de dados para a nuvem pode expor vulnerabilidades, especialmente se os dados não estiverem devidamente criptografados durante o processo.
A perda ou corrupção de dados é outro risco significativo que precisa ser mitigado com backups frequentes e testes rigorosos.
4. Resistência à mudança organizacional
A migração não envolve apenas aspectos técnicos. Equipes acostumadas com sistemas antigos podem resistir à adoção de novas tecnologias, principalmente quando os novos processos exigem treinamento adicional e mudam a rotina de trabalho.
Essa resistência pode desacelerar a transição e comprometer o sucesso da migração. Portanto, envolver stakeholders desde o início e promover treinamentos contínuos são formas eficazes de reduzir essa resistência e garantir o alinhamento da equipe com os objetivos da migração.
5. Custo e prazos excedidos
A migração de sistemas legados frequentemente envolve custos imprevistos. Segundo a McKinsey, orçamentos podem ultrapassar o planejado em 14%, e atrasos em cronogramas são comuns.
Esses custos extras podem se acumular devido a integrações complicadas, necessidade de reconfigurações inesperadas ou dependência excessiva de consultorias externas para lidar com a complexidade técnica
Superar esses desafios exige uma combinação de planejamento cuidadoso, envolvimento de todos os setores da empresa e uso de abordagens específicas para cada sistema legado.
Superando os desafios dos Sistemas Legados – Estratégias e etapas práticas
A migração de sistemas legados para a nuvem exige uma abordagem que equilibre as necessidades técnicas com a viabilidade financeira e os benefícios esperados. Para garantir o sucesso, cada passo deve ser planejado de forma estratégica, a começar pela análise financeira.
1. Análise de custos e benefícios
Antes de qualquer movimento, é essencial realizar uma análise detalhada dos custos e benefícios. Isso ajuda a definir se a migração de determinados sistemas legados vale o investimento.
A migração pode implicar custos iniciais significativos com consultorias, reconfiguração de sistemas e ajustes operacionais, mas os benefícios de longo prazo — como economia em manutenção de hardware e maior flexibilidade — muitas vezes justificam o esforço.
Ao considerar a migração, é importante avaliar o impacto no custo operacional a médio e longo prazo. Muitas empresas relatam uma redução de custos significativa com a nuvem, especialmente quando comparado ao custo de manter servidores físicos antigos.
2. Avaliação inicial e priorização de sistemas
Após a análise financeira, o próximo passo é identificar quais sistemas legados são críticos para o negócio e precisam ser migrados imediatamente, e quais podem ser desativados ou substituídos. Sistemas que geram mais custos de manutenção e menos valor estratégico devem ser priorizados para a substituição ou aposentadoria.
Mapear as dependências entre os sistemas também ajuda a evitar interrupções inesperadas durante a transição.
3. Escolha de uma estratégia de migração adequada
Cada sistema legado exige uma abordagem específica, e a escolha da estratégia depende da complexidade e das necessidades da empresa:
- Lift-and-shift: Para migrações rápidas, mas com menos otimização.
- Replatforming e Refactoring: Para garantir melhor eficiência a longo prazo, com ajustes ou reconstrução dos sistemas.
- Migração híbrida: Quando certos sistemas precisam permanecer on-premises, enquanto outros são migrados.
4. Planejamento e implementação por fases
Com a estratégia definida, o próximo passo é planejar a migração por fases, garantindo que o processo ocorra gradualmente para minimizar riscos.
Realizar uma migrações piloto é uma forma eficaz de testar as soluções e identificar possíveis falhas antes de comprometer sistemas críticos.
5. Mitigação de riscos e gestão de segurança
Durante a migração, a segurança é um dos principais pontos de atenção. Implementar protocolos de criptografia e autenticação modernos protege os dados em trânsito e no novo ambiente. O monitoramento contínuo de vulnerabilidades deve ser uma prioridade, com auditorias frequentes para evitar riscos de segurança.
6. Gestão de mudanças organizacionais
Por fim, o sucesso da migração também depende da aceitação interna. Envolver stakeholders no processo desde o início, garantindo apoio e clareza nas decisões, é fundamental. Treinamentos contínuos ajudam as equipes a se familiarizarem com os novos sistemas e adotarem uma mentalidade mais ágil e preparada para a nuvem.
Conclusão
A migração de sistemas legados para a nuvem é uma etapa essencial para empresas que desejam se modernizar, aumentar a eficiência e se preparar para os desafios futuros.
Embora essa jornada apresente obstáculos significativos, como complexidade estrutural, custos imprevistos e resistência interna, a escolha de uma estratégia adequada e o envolvimento de todos os setores garantem que a transição seja um sucesso.
Trabalhar com um provedor de nuvem confiável é fundamental para mitigar riscos e garantir suporte durante cada fase da migração. Um provedor com experiência no mercado não apenas oferece infraestrutura robusta, mas também apoio estratégico e segurança contínua para manter operações estáveis e escaláveis ao longo do tempo.
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