O crescimento da computação em nuvem e a popularização da internet e dos dispositivos móveis estão facilitando as operações bancárias, de compras, fomentando o trabalho home office e dando mobilidade para o acesso a sistemas empresariais. Apesar do ganho inestimável de tempo e acessibilidade que essas soluções oferecem, aumenta-se também a preocupação com a segurança dessas operações.
Um simples smartphone pode ser a porta de entrada para hackers invadirem sistemas de empresas e causarem danos milionários, por isso, tanto o investimento quanto o desenvolvimento de soluções de segurança da informação estão sempre entre as prioridades de uma empresa.
Entre as novidades da última década está a busca por uma solução que una blockchain e segurança de dados. Essa tecnologia, que nasceu como base de uma criptomoeda, mostrou um grande potencial para outras áreas. Quer saber como ela pode ser importante para a segurança da informação em sua empresa? Continue a leitura!
O que é o blockchain?
Provavelmente você já viu o termo blockchain relacionado à criptomoeda Bitcoin, até porque foi nesse contexto que a tecnologia surgiu e começou a ser estudada com enfoque em outras aplicações. Blockchain, em tradução literal para o português, significa cadeia de blocos, ou seja, como o próprio nome sugere, é um banco de dados formados por blocos interligados e descentralizados.
Diferentemente de um banco de dados centralizado, em que há um administrador certificando e validando os dados, no blockchain essa validação é feita pelos nós desse bloco, que são formados por computadores espalhados pela web. Então, para que qualquer transação seja considerada válida, ela precisa ser validada por, no mínimo, 51% da cadeia.
Como é feita a ligação entre os blocos?
Cada bloco gerado no blockchain carrega um hash, uma sequência de letras e números. Essa hash é uma criptografia que guarda o conteúdo do bloco atual mais o anterior. Dessa forma, todos os blocos guardam informação da cadeia inteira, o que torna quase impossível uma adulteração com uma invasão simples, já que toda transação deve ser validada pela maioria, ou seja, 50% + 1.
Todas as alterações feitas em um bloco ficam registradas para sempre, o que facilita o rastreamento. Isso faz com que o blockchain esteja na mira de órgãos governamentais para ser utilizado na validação e certificação de documentos, contratos, fazendo com a tecnologia se coloque como uma futura substituta aos cartórios tradicionais, reduzindo os custos e a burocracia com a quebra do intermediário.
Como o blockchain beneficia a segurança da informação?
Agora que já temos uma base sobre o que é e como funciona o blockchain, vamos entender de que forma essa tecnologia poderá ser utilizada para a segurança da informação. Podemos utilizar três termos para começar a exemplificar essa atuação:
- descentralização;
- rastreamento;
- criptografia de ponta.
Em um banco de dados centralizado, que é utilizado atualmente pelas empresas, basta apenas uma “porta” para que o invasor consiga entrar no servidor e ter acesso aos dados, muita das vezes sem deixar rastros. Com o blockchain, um invasor teria de ter o controle de 51% dos nós da corrente, ou seja, teria de invadir várias máquinas para validar uma alteração. Além disso, toda a movimentação seria rastreável.
Isso significa que, se um hacker conseguir entrar em uma única máquina de uma empresa com o objetivo de sequestrar os dados, os demais computadores que formam o bloco agirão, invalidando a ação. Essa ação que o blockchain proporciona será importante também para navegação segura na web e proteção de senhas, por exemplo.
Cada vez mais as empresas utilizam os dados como fonte para uma gestão eficiente, sendo utilizados como base para as tomadas de decisões estratégicas. Manter essas informações em segurança é crucial para manter o valor de marcado da empresa e as informações sigilosas seguras.
Por isso, é muito importante que a gestão de TI passe a enxergar a relação entre blockchain e segurança de dados como uma alternativa à proteção de suas informações.
Mas e aí? Quais são as suas perspectivas sobre o futuro da segurança de dados?
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