Sabe aquele momento de “ufa, fiz o upload na nuvem, ta tranquilo”? Pois é: sentir-se seguro porque os dados foram para a nuvem não significa que temos um plano de Disaster Recovery (DR), ou recuperação de desastres, de verdade.
Fazer backup é ótimo, e sobretudo muito necessário. Mas parar por aí achando que todo o resto está resolvido é arriscado. Veja os dois conceitos com clareza:
Eles se sobrepõem? Sim. Mas não são a mesma coisa, e tratar backup como se fosse DR é simplificação demais.
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Imagine um cenário: a região da nuvem sofre uma indisponibilidade ou um ataque cibernético criptográfico atinge os seus volumes replicados (sim, isso acontece).
Se você tiver só backups, pode recuperar dados... mas e o nível de serviço? Quanto tempo vai levar para reativar aplicações? E se o ambiente tiver dependências complexas, orquestração, base de dados, volumes em uso… Backup só vai te dar o que aconteceu, não necessariamente o como voltar ao funcionamento normal rapidamente.
Dados recentes do Relatório de Pesquisa de Backup Unificado 2025 dão o tom dessa lacuna: só 35 % das organizações conseguiram recuperar de um evento de downtime em horas, e 25% testam os procedimentos de DR apenas uma vez por ano ou menos.
Se você está à frente de infraestrutura de nuvem/privada, precisa perguntar: “Se esta stack cair, vou voltar à meta de RTO (objetivo de tempo de recuperação) e RPO (objetivo de ponto de recuperação) que meu negócio exige?” Se a resposta for “não sei” ou “acho que sim”, está alto o risco.
Aqui vão alguns pontos práticos onde muita confusão acontece:
Claro que sim: backup na nuvem é peça fundamental. Mas deve ser parte da estratégia, não a totalidade. Aqui vai minha sugestão de abordagem, olhando para o universo da EVEO e para quem gerencia infraestrutura:
A EVEO, maior empresa de servidores dedicados e principal referência em private cloud, está em posição de agregar valor justamente nessa distinção. Oferecemos muito além de só “backup em nuvem” ou “storage replicado”, mas um ecossistema completo de DR, que inclua infraestrutura redundante, replicação, orquestração, automação, testes periódicos e visibilidade.
Por exemplo: se o cliente tiver ambiente de produção na nuvem privada ou híbrida, podemos ajudá-lo a configurar failover para outro data center ou região, com scripts de automação, documentação e treinamento. Assim, não estão apenas “guardando cópias”, estão preparados para “dar continuidade”.
Esse tipo de abordagem ajuda a elevar a conversa de TI de “temos backup” para “temos resiliência”.
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Ter backup em nuvem é o começo, não o fim. Você quer recuperação de desastres, não apenas “restauração de dados”.
Se a sua prioridade ainda gira em torno de “estamos fazendo backup em nuvem” como prova de que estão seguros, cuidado. Se pergunte: “E se o data center cair hoje? Quanto tempo levamos para voltar? Qual o impacto para o negócio? Quem aciona o plano?” Se a resposta for “acho que em algumas horas”, ainda há trabalho a fazer.
Em 2025, com ataques mais sofisticados, falhas de provedores de nuvem maiores, mandatos regulatórios mais rígidos (comprovando continuidade, auditoria, etc), não dá para tratar DR como “opção”. A nuvem é parte da solução, mas só isso não basta.