Nos tempos atuais, gerenciar a segurança da informação da empresa é um importante fator para garantir a estabilidade de um negócio. Assim, é necessário oferecer serviços mais eficientes aos clientes, com servidores fortes e seguros, que não apresentem riscos aos dados.
Além do mais, estamos em um momento em que leis e normas de privacidade também estão ganhando força. Por isso, a conformidade é uma importante necessidade. Dito isso, precisamos reforçar que o monitoramento e gerenciamento da proteção pode ser garantido com boas práticas e estratégias inteligentes.
Da mesma forma, é preciso atentar para não manter velhos hábitos que colocam a companhia em risco, a fim de eliminar as brechas e vulnerabilidades. Se quiser aprender sobre o assunto, não deixe de acompanhar os tópicos que vamos desenvolver a seguir. Boa leitura!
Os princípios da segurança da informação
O mundo digital oferece muitas possibilidades, mas também muitos riscos. Felizmente, as mesmas ferramentas que facilitam a vida de colaboradores e gestores dia após dia podem ser aplicadas para reforçar a proteção. Para esse fim, as organizações precisam atentar para alguns aspectos-chave que funcionam como um fundamento para a manutenção da segurança.
Esses pilares conceituais juntos formam a ideia de proteção e concentram as principais preocupações que uma empresa deve ter nos dias atuais. São eles: confidencialidade, integridade, autenticidade, disponibilidade e conformidade.
Confidencialidade
A confidencialidade diz respeito a um assunto delicado: o controle de acesso. Esse conceito refere-se à ideia de que as corporações devem manter o cuidado com os dados, para que eles estejam disponíveis apenas para membros da companhia e pessoas autorizadas. Assim, é possível evitar fraudes, acessos por indivíduos mal-intencionados e outros problemas.
Integralidade
Outro ponto é a integridade dos dados, ou seja, a sua qualidade. Dados íntegros estão claros e se encontram em perfeito estado para utilização nos processos cotidianos.
Disponibilidade
A integridade está diretamente relacionada com a disponibilidade que, por sua vez, trata da acessibilidade da informação. Um dado disponível está em um local controlado pela companhia e que é fácil de encontrar.
Autenticidade
A autenticidade é a garantia de que há uma coerência entre a fonte declarada e a real, ou seja, de que a empresa realmente sabe de onde veio uma informação.
Conformidade
Por fim, a conformidade consiste no alinhamento aos padrões estabelecidos por normas técnicas e leis de regulação, como as que estudaremos em detalhes mais adiante.
Os conceitos descritos acima são os principais, mas também há outros. A transparência, por exemplo, é um princípio implícito. Afinal, os clientes e titulares de dados são cada vez mais autônomos e dispõem de ferramentas para garantir os seus direitos. Assim, é preciso negociar de forma clara e com o cuidado de evidenciar a forma como os dados serão tratados.
A importância da segurança da informação
Além dos pilares e princípios fundamentais, é preciso refletir sobre a real importância da segurança da informação, do seu monitoramento e do planejamento detalhado.
Uma pesquisa da CyberView informa que 80% dos colaboradores avaliaram que um ataque virtual afetaria todas as áreas da empresa. Ou seja, um desastre envolvendo os sistemas da companhia gera um impacto negativo enorme em toda a cadeia operacional, implicando, inclusive, em gargalos produtivos e perda de lucratividade. Com os sistemas instáveis, as organizações não conseguem suprir a demanda interna.
Outra questão relevante é o aumento de custos em situações de crise. O gerenciamento de TI focado em segurança evita esse cenário, pois protege a corporação de eventos inesperados, em que ela precisaria investir valores consideráveis para recuperar as atividades. O devido planejamento permite uma recuperação inteligente de desastres, de modo a garantir o cuidado e a ordem mesmo depois de um imprevisto como esse.
Gerenciar a segurança também é se adaptar bem à modernidade, pois a maioria das companhias já está investindo fortemente nessas abordagens. Uma vez que os clientes estão se preocupando mais com isso e que as discussões sobre o assunto estão se tornando acirradas e intensas, é preciso que as empresas respondam positivamente, oferecendo garantia de proteção e disponibilidade.
Hoje, prevenir ataques é cuidar da experiência do cliente, pois seus dados estarão seguros e devidamente acessíveis. Essa ação constitui uma vantagem competitiva, uma vez que cria e mantém a confiança dos clientes na marca.
Data driven
Em uma cultura data driven, ou seja, fortemente fundamentada no uso de big data para tomadas de decisão de negócio, é preciso ainda mais responsabilidade na gestão dos dados. Afinal, são muitas informações geradas em tempo real e aproveitadas pela organização, o que faz com que o risco seja maior.
Nesse sentido, é fundamental controlar de maneira mais estrita o ciclo de vida e gerar transparência sobre o uso dos dados; e o monitoramento ajuda a conseguir isso. Dessa forma, o gerenciamento da segurança permite que a empresa seja data driven sem comprometer os clientes e seus dados pessoais.
Cloud computing
Atualmente, as empresas não precisam se preocupar com a gestão de data centers inteiros para realizar suas operações, já que contam com recursos de cloud computing. Em tempos de adoção cada vez maior de soluções em nuvem, o monitoramento também se faz relevante para que essa adaptação ao cloud computing seja eficiente.
Nesse novo paradigma, os dados se encontram descentralizados e distribuídos em diferentes data centers. Por isso, o cuidado deve ser reforçado para evitar problemas de confidencialidade, danos à integridade e transtornos que afetem a disponibilidade. A computação em nuvem já evoluiu bastante e oferece hoje soluções robustas a fim de assegurar proteção e acompanhamento constante, como veremos ao longo deste texto.
Combate a ataques mais comuns
Outro fator que demonstra a importância da gestão da segurança de dados é a prevenção dos ataques comuns, que são mais inteligentes atualmente. Os criminosos continuam aproveitando brechas e explorando novas práticas para realizar suas ações.
Dentre as mais populares estão o Ransomware, que consiste em um sequestro de dados, em busca de um valor de resgate, e o DDoS, que ataca sites derrubando a sua estabilidade por meio de um excesso de requisições.
Além disso, existe o phishing, que é a clonagem de páginas com o propósito de extrair informações confidenciais, e os malwares, que prejudicam o desempenho dos servidores. Um cuidado sistemático com a segurança ajuda a evitar esses problemas e a garantir a saúde dos processos diários.
As normas que regulamentam a segurança da informação
Para garantir que as empresas sigam os padrões de proteção e fiscalizar suas operações, órgãos regulamentadores estabelecem algumas normas e leis que tratam do assunto.
ISO/IEC 27000
A norma ISO/IEC 27000 é focada em princípios que ajudam as organizações no gerenciamento de seus processos, na continuidade das operações e na segurança física.
O objetivo é estimular uma maior consciência sobre o assunto, para que responsáveis sejam apontados e riscos sejam avaliados. As companhias podem adquirir uma certificação referente a essa norma depois de uma auditoria responsável por verificar as condições do negócio.
LGPD
Também está em pauta a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que trata de privacidade e controle de dados pessoais. A lei foi baseada na legislação que está em vigor na Europa, a GDPR (General Data Protection Regulation), e apresenta essencialmente as mesmas ideias.
A lei dispõe que os titulares precisam ter total controle de suas informações e, por isso, devem ser sempre consultados quando as empresas realizam operações de tratamento. As organizações são obrigadas a informar a necessidade e finalidade, e devem utilizar os dados apenas para o fim estabelecido.
Se o cliente solicitar portabilidade, isso deverá ser concedido. Se ele desejar que seus dados sejam alterados ou excluídos, a organização precisará se adaptar e oferecer uma resposta rápida.
Em caso de incidentes, a companhia que gerencia os dados pessoais precisará informar o ocorrido com detalhes, bem como já evidenciar as ações de contingência que estão sendo tomadas. Caso não haja conformidade, ela sofrerá uma advertência ou até mesmo multa de até 50 milhões de reais. Além disso, as informações podem ser bloqueadas, o que compromete a fluidez dos processos.
As organizações vão ter que identificar um responsável pela proteção dos dados. Esse profissional será o intermediador entre o órgão fiscalizador e o cliente titular.
Vale também mencionar os conceitos de dados pessoais e sensíveis, segundo a LGPD. Dados pessoais são informações que distinguem uma pessoa de outra, ao passo que os sensíveis são passíveis de discriminação, como raça, religião, opinião política etc. Ambos devem ser gerenciados com cuidado, mas os sensíveis são ainda mais especiais.
Veja os principais erros cometidos na segurança da informação
Neste tópico, vamos conhecer os principais erros cometidos pelas empresas na segurança da informação.
Falta de backups
Em muitas companhias, não há uma rotina regular de backups. Assim, qualquer problema que compromete essas informações impossibilita a continuidade das operações. Esse é um erro comum, mas é extremamente prejudicial, pois pode facilmente colocar em risco os pilares que já estudamos.
Maus hábitos dos usuários
Boa parte dos problemas de segurança em empresas são causados por usuários e suas más práticas. A falta de treinamento, educação e rigor da gestão acaba gerando um cenário em que os colaboradores cometem diversos erros e colocam as informações dos clientes e da própria companhia em risco.
Isso acontece, geralmente, com um gerenciamento incorreto das senhas das contas da empresa. Estas devem ser administradas com cuidado, e não é recomendável que fiquem salvas no navegador, por exemplo. Outra ponto compreende hábitos de navegação, como cliques em banners e links suspeitos e preenchimentos de dados em páginas não verificadas.
Às vezes, até mesmo o uso excessivo da internet para distração cria brechas na segurança. Nesse sentido, quando os funcionários são deixados com mais liberdade, podem prejudicar seriamente a organização e comprometer os aspectos financeiros e legais do negócio.
Falta de planos de contingência
Algumas empresas consideram que os riscos de segurança não são aplicáveis aos seus negócios. Por isso, gerenciam os dados sem um controle desses possíveis perigos e não preparam ações estratégicas em caso de incidente.
Dessa forma, os eventos se tornam inesperados e os desastres envolvendo as informações e sistemas são irreparáveis e ficam fora do controle. Há aumento de custos, paradas operacionais, perda de lucratividade e desconfiança dos clientes.
Sistemas desatualizados
Recentemente, o Ransomware WannaCry atacou diversos sistemas em todo o mundo. A vulnerabilidade que esse vírus explorou foi justamente o fato de que as aplicações estavam desatualizadas, sem receber o devido suporte de segurança dos fornecedores.
Quando atualizam os seus ativos, as empresas reparam os principais problemas e instabilidades que, inclusive, comprometem o desempenho no dia a dia. Ou seja, é uma ação que favorece não somente a segurança, como também a agilidade dos processos diários.
Negligência no controle de acesso
Outra questão muito recorrente é a falta de controle de acesso. Algumas organizações não administram devidamente os níveis de acesso a dados, e permitem que mais pessoas que o necessário consigam visualizar e modificar informações importantes.
Um exemplo disso é o caso de membros de alguns setores que são capazes de controlar dados de outros setores ou até mesmo quando colaboradores conseguem acessar informações confidenciais que só deveriam ser abertas para os diretores.
Esse aspecto afeta diretamente o pilar da confidencialidade que exploramos no primeiro tópico. Por conta disso, esses dados estão suscetíveis a acesso até por pessoas de fora da companhia, que podem ter intenções criminosas.
Falta de automação
Já em alguns cenários, o fato que leva a muitos problemas de segurança é a falta de automação. Ou seja, como as empresas gerenciam muitos dados e administram os sistemas manualmente, a probabilidade de erros é muito grande. Essa falta também gera gargalos de desempenho.
Quando falamos em backups, por exemplo, muitas companhias optam por realizar essa função de maneira manual. Assim, sofrem com um elevado número de erros. Quando há automação, é possível gerenciar de forma mais prática e garantir que essa funcionalidade não deixará de ser executada. Inclusive, é possível definir uma frequência regular para o processo, como diária ou semanal.
Além disso, essa negligência limita as tarefas importantes apenas ao horário comercial, o que não é vantajoso, pois o monitoramento de segurança de dados deve ser feito em tempo integral.
Má gestão dos ativos
Outro erro é não controlar os ativos com um inventário. A falta dessa gestão prejudica a visibilidade e transparência, o que contribui com outras falhas, como o uso de softwares não licenciados e de hardwares avariados, a falta de atualização frequente e a administração incorreta dos dados. A proteção e o monitoramento da segurança ficam, então, comprometidos.
10 boas práticas para melhorar o monitoramento de segurança da informação corporativa
Vamos conhecer algumas dicas e mecanismos para otimizar a segurança da informação.
1. Implantar a computação em nuvem
Adotar serviços cloud é uma estratégia interessante, pois a nuvem oferece uma série de recursos para otimizar a proteção. É possível usar backups automáticos, proteção de senhas e de documentos, redundância, bem como monitoramento e suporte 24/7. Desse modo, é possível garantir visibilidade sobre os dados e assegurar o combate aos perigos mais comuns.
As vantagens do cloud computing também abrangem a redução de custos: a empresa paga apenas pelo que usa, de maneira mais simples e prática. Quando houver necessidade de mais poder computacional, dá para adquirir pacotes maiores e aumentar os recursos a fim de suprir a demanda. O controle da segurança se mantém com a mesma eficiência em quaisquer casos.
2. Usar criptografia
A criptografia é uma ferramenta muito poderosa para a proteção de dados. Deve ser aplicada para senhas, assim como para documentos e outros tipos de informação. Com ela, a companhia reforça a confidencialidade ao controlar o acesso e permitir que apenas as pessoas autorizadas consigam visualizar. Tudo ocorre com códigos especiais que mascaram esses dados e só são conhecidos pela organização.
3. Implementar política de segurança da informação
O monitoramento de proteção é efetivo quando há uma política bem definida para lidar com o assunto. Uma política é um planejamento que organiza as informações acerca da segurança, de modo a estimular o seguimento de boas práticas. Esse documento ajuda a compreender os riscos e as ameaças, além de definir estratégias para recuperação de desastres.
Da mesma maneira, cria uma rotina frequente de backups e se preocupa em classificar os dados de acordo com o nível de importância. Também permite estabelecer conformidade com as leis sobre o assunto de uma maneira mais transparente, assim como definir regras para o uso de cada máquina em cada setor.
4. Investir em ferramentas de monitoramento
Outra dica interessante é o investimento em soluções específicas de monitoramento. Elas permitem visualizar o que está acontecendo com os sistemas a todo momento, de modo a garantir o combate a comportamentos ou requisições suspeitas. Conhecendo o status dos servidores e da rede, a empresa é capaz de perceber possíveis problemas antes que se tornem maiores — o que nos leva ao próximo tópico.
5. Agir com proatividade
Quando se trata de segurança da informação, é fundamental ser proativo e pensar com antecedência. Afinal, realizar correções em problemas que já estão acontecendo é algo muito caro para a companhia: os custos seguem aumentando, os membros já estão inativos porque os sistemas foram prejudicados e os dados dos clientes estão expostos. Para lidar com isso, a organização deve ser rápida e, às vezes, não consegue administrar a gravidade da situação.
Por isso, uma ótima prática é agir de maneira previsível. Nesse sentido, a empresa pode investir mais em manutenções preventivas, de modo a eliminar brechas e vulnerabilidades dos seus sistemas e mantê-los preparados para o uso diário. Da mesma forma, é preciso gerenciar bem os ativos para assegurar que tudo esteja em dia, com o devido suporte dos fornecedores. O cuidado proativo ajuda a prevenir crises inesperadas.
6. Aumentar a redundância
A redundância é muito importante para viabilizar um controle maior da segurança. Trata-se da substituição rápida de um sistema ou ativo por outro de forma a manter os sistemas funcionando normalmente e o acompanhamento da integridade das informações.
Essa é uma das possibilidades que o cloud oferece, mas a redundância também pode ser criada de forma manual, com a compra de equipamentos — como roteadores, switches e servidores — que possam ser utilizados em casos excepcionais no lugar dos regulares.
7. Treinar a equipe
Para garantir uniformidade no combate a vulnerabilidades, é importante educar bem os colaboradores. O alinhamento do time acerca do assunto garante um cuidado maior no uso dos sistemas e cumprimento das regras e leis de maneira mais estrita. Assim, os membros vão se policiar e se ajudar, o que vai contribuir para uma empresa mais segura.
8. Acompanhar as tendências
Todo assunto envolvendo tecnologia evolui com muita rapidez. Isso gera a necessidade de acompanhar tendências de forma mais frequente. Se quiserem fortalecer a segurança de dados, os gestores devem se manter conectados, descobrindo as principais novidades e estratégias, bem como os riscos mais recentes. As organizações devem sempre ajustar seus procedimentos de segurança a fim de otimizar as barreiras contra ameaças.
É fundamental seguir, por exemplo, as atualizações do mundo do cloud. Afinal, esse paradigma está sempre mudando para oferecer mais praticidade e proteção para as empresas.
9. Gerenciar os dados e riscos
Outra prática recomendada é o gerenciamento dos dados e riscos. É preciso planejar a gestão dos riscos, a começar com a sua identificação e a definição de estratégias para lidar com seus impactos. Também vale hierarquizar os perigos com relação aos níveis de consequência, bem como dividi-los em categorias específicas para gerar maior organização.
10. Buscar apoio estratégico
O apoio estratégico de uma organização especializada é essencial. Com essa ajuda, a empresa consegue eliminar os pontos cegos e estabelecer políticas mais amplas e eficazes, que garantem uma proteção completa. Assim, há menos responsabilidade sobre a equipe interna, que pode se concentrar em outras tarefas do negócio. Além disso, a expertise e experiência da parceira garantem o sucesso das abordagens.
Como vimos, a segurança da informação é um conceito bem amplo e fundamental para a continuidade e saúde dos processos corporativos. Além disso, esse conceito requer um conjunto de boas práticas e um cuidado com os maus hábitos. Dessa forma, a companhia consegue mais visibilidade sobre os dados e sistemas, de modo a otimizar o seu gerenciamento e evitar possíveis paradas operacionais.
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