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Entenda o que é um firewall e como ele funciona na prática

Escrito por Vicente Neto | Dec 18, 2024 3:00:00 AM

Os firewalls de rede desempenham um papel essencial na proteção de servidores e na manutenção de infraestruturas de TI seguras.

Em um cenário de crescente digitalização, onde ataques cibernéticos se tornam mais sofisticados a cada dia, entender o funcionamento, os tipos e as vantagens dos firewalls é vital para qualquer empresa que deseja manter seus dados e operações seguras.

Neste artigo, abordamos detalhadamente tudo o que você precisa saber sobre firewalls, ajudando você a escolher e implementar a solução ideal para o seu negócio.

Afinal, o que é um firewall de rede?

Para começar, um firewall de rede pode ser entendido como uma barreira que protege o tráfego entre redes, filtrando e controlando o que pode entrar ou sair.

Apesar do nome sugerir algo como um "muro de fogo", sua função é menos literal e mais tecnológica: criar uma camada de proteção essencial para evitar que dados maliciosos ou não autorizados comprometam a segurança de sistemas internos.

A origem do termo remonta à década de 1980, quando a internet começou a conectar redes em escala global. Com essa expansão, foi necessário desenvolver mecanismos que limitassem o acesso entre redes externas e internas, garantindo que apenas dados confiáveis transitassem.

Hoje, o firewall é uma peça fundamental para a segurança em redes corporativas, especialmente em servidores e soluções de hospedagem, onde grandes volumes de dados críticos são processados e armazenados.

Qual é a diferença entre firewall e antivírus?

Apesar de serem ferramentas de segurança essenciais, o firewall e o antivírus têm funções e propósitos diferentes. Eles atuam de forma complementar, protegendo os sistemas contra ameaças externas e internas. Entender essas diferenças é fundamental para montar uma estratégia de segurança eficiente.

O papel do firewall

O firewall é como uma barreira ou filtro entre a rede interna (ou dispositivo) e o mundo externo, analisando o tráfego de rede. Seu objetivo principal é bloquear ou permitir conexões com base em regras configuradas previamente. Ele age preventivamente, evitando que ameaças externas cheguem ao sistema.

Principais funções do firewall:

  • Controlar o tráfego de entrada e saída, permitindo apenas acessos autorizados.
  • Bloquear tentativas de invasão, como hackers tentando acessar servidores ou dispositivos.
  • Restringir o acesso a determinados sites ou serviços.
  • Garantir que dados sensíveis sejam protegidos ao trafegar pela rede.

Um firewall não verifica arquivos ou programas que já estão no sistema, ou seja, ele não detecta malwares que conseguiram atravessar outras camadas de segurança.

O papel do antivírus

O antivírus, por sua vez, atua diretamente dentro do sistema, identificando e eliminando softwares maliciosos já presentes no dispositivo ou que tentam se instalar. Ele utiliza bancos de dados de assinaturas de malwares conhecidos e análise heurística para identificar comportamentos suspeitos.

Principais funções do antivírus:

  • Escanear arquivos, programas e e-mails em busca de malwares, como vírus, trojans e ransomwares.
  • Remover ou isolar ameaças detectadas.
  • Proteger contra ataques que tentam explorar vulnerabilidades internas.
  • Atualizar constantemente sua base de dados para reconhecer novos tipos de ameaças.

A importância do firewall para a proteção de redes

Ter um firewall configurado é como contratar um segurança para sua rede. Ele monitora e bloqueia atividades suspeitas, garantindo que apenas acessos autorizados ocorram. Esse nível de proteção é ainda mais relevante diante do aumento do uso do Big Data, onde informações sensíveis de clientes, parceiros e operações corporativas circulam diariamente.

Com ataques digitais cada vez mais sofisticados, como ransomware e phishing, a ausência de um firewall eficiente pode custar caro. Além de proteger a rede interna, ele ajuda a prevenir interrupções nas operações, vazamentos de dados e perdas financeiras.

Para empresas que lidam com servidores em nuvem ou data centers, o firewall não é apenas uma camada de segurança, mas também uma exigência básica para manter a integridade de seus sistemas e cumprir regulações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Firewall de software: relevância e limitações

Os firewalls de software são aqueles integrados diretamente ao sistema operacional, como o Windows Defender. Eles oferecem uma camada básica de proteção, bloqueando acessos não autorizados ao dispositivo ou à rede.

Esses firewalls são ideais para usuários domésticos ou pequenas redes, já que sua configuração e manutenção são simples. No entanto, sua eficácia é limitada em cenários corporativos complexos, onde o volume de tráfego e as ameaças são mais desafiadores.

Embora sejam uma proteção de entrada importante, os firewalls de software devem ser complementados por soluções mais robustas para empresas que operam com dados sensíveis ou servidores em larga escala.

Firewall de hardware: proteção estratégica para empresas

Diferentemente do software, o firewall de hardware é um dispositivo físico que atua diretamente na rede, controlando o tráfego de entrada e saída com maior eficiência. Ele é ideal para empresas que lidam com redes maiores, oferecendo recursos avançados de configuração e maior capacidade de processamento.

A instalação de um firewall de hardware normalmente exige equipamentos específicos, que são acoplados à rede para gerenciar e proteger todas as conexões. Além disso, muitos roteadores modernos já incluem funcionalidades básicas de firewall, sendo uma solução prática para redes menores.

Empresas que demandam proteção avançada, como hospedagem de servidores, geralmente optam por appliances que combinam hardware e software, garantindo maior flexibilidade e segurança. Esses dispositivos permitem criar políticas mais específicas, bloqueando acessos maliciosos sem comprometer o desempenho da rede.

Conheça os principais tipos de firewalls

Além de se diferenciar em software e hardware, os firewalls possuem variações que atendem a diferentes necessidades. Aqui estão os tipos mais comuns:

1. Firewall de proxy

Um dos primeiros modelos desenvolvidos, atua como intermediário entre o usuário e a rede externa. Ele analisa as solicitações, permitindo ou bloqueando o acesso com base em critérios pré-definidos.

  • Benefícios: Oferece anonimato ao mascarar o endereço IP e pode incluir funcionalidades como armazenamento em cache.
  • Limitações: Pode impactar o desempenho da rede devido ao processamento adicional.

2. Firewall de inspeção de estado

Este modelo monitora o estado das conexões, avaliando os pacotes de dados no contexto da sessão em andamento.

  • Benefícios: Mais eficiente para bloquear ameaças em tempo real.
  • Limitações: Requer maior poder de processamento, sendo mais indicado para redes corporativas.

3. Firewall UTM (Unified Threat Management)

Combina diversas funções de segurança, como antivírus, VPN e proteção contra intrusões, em um único dispositivo.

  • Benefícios: Simples de usar e gerenciar, ideal para pequenas e médias empresas.
  • Limitações: Pode não atender redes com alta complexidade.

4. Firewall de próxima geração (NGFW)

Oferece funcionalidades avançadas, como inspeção profunda de pacotes, controle de aplicativos e proteção contra ataques direcionados.

  • Benefícios: Alta performance e adaptabilidade a ambientes críticos.
  • Limitações: Custo elevado e maior complexidade de configuração.

Lei Geral de Proteção de Dados e firewalls

A LGPD trouxe uma nova perspectiva para a segurança digital no Brasil. Empresas que armazenam ou processam dados pessoais são obrigadas a adotar medidas rigorosas de proteção. Nesse contexto, os firewalls desempenham um papel crucial, ajudando a:

  • Proteger dados sensíveis contra acessos não autorizados.
  • Monitorar o tráfego para prevenir vazamentos.
  • Garantir conformidade com auditorias legais.

As penalidades para o descumprimento da LGPD são severas, incluindo multas que podem chegar a R$50 milhões. Por isso, investir em firewalls avançados não é apenas uma questão de segurança, mas também de compliance.

Como escolher o firewall ideal para a sua empresa?

A escolha do firewall depende de fatores como o tamanho da rede, o volume de tráfego e a criticidade das informações processadas. Aqui estão algumas orientações:

  1. Microempresas: Firewalls UTM são suficientes para operações administrativas e de baixo risco.
  2. Empresas médias e grandes: Soluções NGFW são ideais, pois oferecem funcionalidades avançadas de controle e proteção.
  3. Servidores em nuvem: Integre firewalls robustos com monitoramento constante, alinhados às exigências legais.

O momento é de reforçar ao máximo a segurança

O uso de firewalls não é apenas uma recomendação, mas uma necessidade em ambientes corporativos. Desde proteger dados estratégicos até cumprir normas regulatórias, sua implementação é um investimento indispensável para a continuidade e o sucesso do negócio.

Quer saber mais sobre como melhorar a segurança da sua rede com soluções avançadas de firewall? Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar!