Quem lida com a internet certamente sabe o que é latência em redes. Mesmo quem não é profissional no assunto, lida com esse problema diariamente. Porém, se você trabalha no departamento de TI de uma empresa, certamente quer encontrar um serviço rápido e estável.
Então, se esse é seu objetivo, continue lendo este post. Entenda tudo sobre latência em redes e como ter a melhor conexão possível.
Basicamente, a latência significa atraso – e é ela que causa aquela lentidão nos servidores e nas conexões de internet. Em uma rede, a latência é o tempo que leva para uma solicitação ir de um ponto a outro e voltar. O exemplo mais comum é o tempo de resposta necessário para que um site atenda a uma solicitação do usuário, seja para abrir uma página, carregar um menu ou qualquer outra ação.
Na prática, esse “tempo de ida e volta” ocorre em qualquer tarefa online, mas, para empresas, a latência elevada pode ser um obstáculo. Alta latência resulta em carregamentos lentos, o que impacta diretamente a experiência do usuário.
Se o site demora a responder, o visitante tende a desistir – e estudos mostram que ele dá, em média, dois segundos de “paciência” antes de abandonar a página. Quando falamos de programas hospedados na nuvem ou softwares corporativos, a latência da rede pode ser ainda mais crítica, prejudicando a performance e produtividade.
Portanto, reduzir a latência da rede ao máximo é essencial para melhorar a experiência do usuário final. Isso envolve não só uma conexão rápida, mas também uma infraestrutura de rede eficiente e bem dimensionada. Quanto mais próximo a latência estiver de zero, melhor para a performance e a satisfação dos clientes.
A latência ideal varia conforme o uso da rede. Em geral, para uma boa experiência do usuário, recomenda-se que a latência fique abaixo de 100 milissegundos (ms). Para aplicações críticas, como transações financeiras e comunicação em tempo real, o ideal é uma latência abaixo de 20 ms. Conhecer a latência ideal para sua operação ajuda a definir metas de melhoria e a identificar onde a infraestrutura precisa de ajustes.
Vários fatores podem contribuir para a latência alta em uma rede, especialmente no contexto de infraestrutura de TI. Entre os principais estão:
A distância física entre o usuário e o servidor é uma das maiores causas de alta latência. Quanto maior essa distância, mais tempo os pacotes de dados levam para fazer o caminho de ida e volta. Por exemplo, um usuário no Brasil acessando um servidor nos Estados Unidos pode experimentar atrasos simplesmente por conta da localização.
Para chegar ao destino, os dados passam por uma série de “entroncamentos” chamados IEPs. Se esses pontos de troca de tráfego estão congestionados, eles podem criar gargalos e aumentar a latência. Pense neles como grandes cruzamentos em uma estrada – quanto mais dados passando, maior a chance de “engarrafamento”.
Arquivos grandes ou complexos, como vídeos em alta resolução ou páginas com muitos elementos gráficos, demandam mais largura de banda e processamento. Isso também contribui para a latência alta, especialmente quando o servidor ou a rede não estão preparados para suportar tamanha quantidade de dados.
Roteadores, switches e outros dispositivos de rede antigos ou com desempenho limitado podem criar gargalos que aumentam a latência. Quando esses equipamentos não conseguem processar rapidamente o volume de dados, acabam gerando atrasos significativos no tempo de resposta. Equipamentos modernos e bem dimensionados são essenciais para reduzir esse tipo de problema.
A maneira como a infraestrutura de rede está configurada também impacta a latência. Má configuração de roteamento, uso incorreto de protocolos ou ausência de otimizações de rede podem fazer com que os dados percorram rotas menos eficientes, aumentando o tempo de ida e volta. Uma rede bem projetada e ajustada para o tráfego específico da empresa ajuda a minimizar esses atrasos.
Esses fatores são responsáveis por muitos dos problemas de latência de rede. Mitigá-los exige uma infraestrutura de rede bem planejada, com equipamentos atualizados, uma configuração otimizada e servidores estrategicamente posicionados para garantir a baixa latência e uma experiência do usuário satisfatória.
Em alguns casos, a latência elevada pode ter origem na conexão do próprio usuário. Felizmente, existem formas de melhorar a latência de rede nesse lado:
Ter alta largura de banda ajuda, mas não garante a solução completa. Pense na largura de banda como o tamanho das ruas por onde os pacotes de dados trafegam. Mesmo que o sistema tenha baixa latência, se a largura de banda for pequena, a passagem dos dados será mais lenta. É como ter apenas uma rua estreita em um bairro movimentado – mesmo sem grandes atrasos, o tráfego flui devagar quando o volume de dados é alto.
Conexões Wi-Fi podem sofrer interferências e aumentar a latência. Usar um cabo de rede proporciona uma conexão mais estável, reduzindo a perda de pacotes e garantindo um tempo de resposta mais rápido. Essa é uma solução prática e efetiva para melhorar a performance da rede quando a estabilidade é essencial.
Essas melhorias são simples, mas fazem grande diferença na experiência do usuário, especialmente para quem precisa de uma latência baixa para atividades que exigem respostas rápidas.
Reduzir a latência da rede pode ser essencial para empresas que dependem de uma conexão ágil para oferecer uma boa experiência ao usuário. Aqui estão algumas estratégias eficazes:
Utilizar data centers locais com presença nacional é uma excelente forma de reduzir a latência. Servidores geograficamente próximos garantem que as informações viajem distâncias menores dentro do país, evitando o tempo extra de ida e volta a servidores internacionais. Isso é particularmente importante para empresas que desejam uma conexão rápida e confiável para o público nacional.
As CDNs distribuem conteúdo em servidores localizados estrategicamente próximos aos usuários. Com isso, os dados percorrem distâncias menores, reduzindo o tempo de resposta e melhorando o acesso a sites e serviços.
Manter o conteúdo do site leve e otimizado é fundamental. Reduzir o tamanho das páginas, priorizar o carregamento de elementos visíveis primeiro e minimizar scripts desnecessários são estratégias que aceleram o carregamento e reduzem o impacto da latência.
Garantir que os roteadores, cabos e equipamentos de rede estejam atualizados e com capacidade para lidar com o volume de dados é essencial para manter a baixa latência. Infraestruturas robustas ajudam a evitar gargalos e a processar informações rapidamente.
Essa solução permite que a infraestrutura ajuste automaticamente a capacidade para lidar com picos de tráfego, como em eventos de alta demanda (ex: Black Friday). É como expandir as “vias de tráfego” nas horas de pico, evitando que o sistema fique sobrecarregado e mantendo a latência sob controle.
Além dessas estratégias, é essencial monitorar e diagnosticar regularmente a infraestrutura de rede para identificar e solucionar qualquer fator que possa estar aumentando a latência.