Diante da nova realidade do home office, necessária por conta da pandemia de Covid-19, muitas empresas (e seus colaboradores) tiveram de se reinventar e se adaptar a novos mecanismos tecnológicos. Um dos principais, sem dúvidas, é a nuvem.
E foi justamente durante esse período pandêmico que o cloud computing viu sua ascensão, em especial a IaaS (Infraestrutura como Serviço) - a ferramenta de nuvem mais utilizada por grandes corporações.
Esse crescimento não é à toa: a nuvem, além de ser altamente segura, é dinâmica e permite acessos remotos às redes corporativas de maneira simples e rápida, garantindo, inclusive, uma maior produtividade ainda que de casa.
E, por isso, destacamos hoje os motivos que levaram ao aumento do consumo de nuvem, quais as expectativas para o pós-pandemia a ainda porque a sua empresa deve apostar nas ferramentas de cloud computing.
O aumento do consumo de nuvem durante a pandemia
Durante a pandemia, uma grande parte dos colaboradores (se não a maioria) teve de se adaptar ao trabalho remoto e, com isso, aprender a lidar com novas ferramentas, principalmente a nuvem.
A adaptação deu tão certo que a nuvem passou a ser uma das principais tecnologias utilizadas, então, por organizações de todos os tamanhos, resultando em um boom no consumo desse mecanismo, tornando-o essencial durante o período pandêmico.
Um estudo da Gartner, líder em pesquisa do segmento de tecnologia, apresentou dados que demonstram essa expansão: no primeiro ano da pandemia, 2020, o aumento global do consumo de nuvem (IaaS) foi de 40,7%.
O estudo explicita o aumento do uso do cloud como peça fundamental para o trabalho remoto; a funcionalidade da nuvem faz jus à fama, porque cria uma infraestrutura digital fortalecida e agregadora.
Outro estudo, de 2020, realizado pela IBM em conjunto com a IDC (International Data Corporation), apresentou dados exclusivos sobre o consumo da nuvem no Brasil.
A pesquisa levantou que, dentre as empresas entrevistadas, 59% utilizam algum tipo de nuvem. Desse montante, 33% fazem uso de nuvem pública, 31% consomem nuvem privada on–premises e 27% apostam na nuvem privada com hospedagem em provedor.
Analisando ambos os estudos, fica claro que o cloud computing tem entregado tudo e mais um pouco, se firmando como uma das principais soluções para armazenamento de dados, comunicação direta e infraestrutura tecnológica com segurança.
Por que a nuvem cresceu tanto?
Essa é uma pergunta fácil de responder, dada a quantidade de benefícios que a nuvem agrega às empresas.
Mas, de uma forma geral, o cloud computing ganhou esse destaque durante o período de pandemia e trabalho remoto justamente por facilitar o acesso aos dados da empresa sem a necessidade da atuação presencial – e, claro, oferecer isso garantindo a segurança dos dados e informações da organização.
Além disso, o cloud permite o compartilhamento de forma eficaz e ágil, resultando no aumento da produtividade dos colaboradores, o que era um receio de líderes e diretores de empresa: a queda no rendimento do trabalho e, consequentemente, perda de prazos e trabalhos com menos qualidade.
O aumento no consumo da nuvem está diretamente ligado à produtividade e é por isso que essa tecnologia cresceu tanto nos dois últimos anos.
Por outro lado, o consumo também cresceu por se tratar de algo tão flexível e altamente adaptável às necessidades, quaisquer que sejam, que tornou a nuvem essencial, já que alia praticidade, grande capacidade de armazenamento, preços justos e garantia de atender às demandas prontamente.
No Brasil, especificamente, por mais que o uso da nuvem tenha se intensificado, ainda se trata de uma ferramenta relativamente nova, mas com caminho aberto para se firmar como tecnologia fundamental nas empresas.
A renovação digital das organizações foi “forçada” dada a necessidade do home office, entretanto, isso gerou em inúmeras vantagens para as empresas e seus colaboradores e, com isso, as expectativas para os próximos anos é de constante crescimento dos investimentos em ferramentas tecnológicas, com destaque para a nuvem.
Outro motivo pelo qual a nuvem conquistou espaço foi pela possibilidade de manter departamentos funcionando sem interrupções, oferecendo todo o aparato necessário para a atuação dos colaboradores direto de suas casas. A produção não parou e graças à computação em nuvem.
É interessante ressaltar ainda que, quando se refere a empresas, não são apenas as organizações privadas. Empresas públicas e até mesmo os usuários físicos também se beneficiaram e passaram a consumir mais a nuvem durante o trabalho remoto.
As expectativas para o pós-pandemia
Após as experiências notadas no trabalho remoto durante a pandemia, ficou claro que a tendência é que as empresas invistam em tecnologia cada vez mais. O foco mudou e as expectativas do mercado agora estão voltadas para a agilidade que o digital oferece, aliada à produtividade e facilidade de adaptação e migração.
Essa nova forma de atuação inclui ainda um novo meio de trabalho, o modelo híbrido, que muitas organizações (privadas e até públicas) estão aderindo: uma parte do trabalho é feito presencialmente e outra parte via home office.
Um exemplo é o Tribunal de Justiça de São Paulo, que decretou a permanência do home office para o pós-pandemia, assim como outras tantas corporações que pretendem apostar no modelo de trabalho híbrido.
Isso é resultado não apenas da economia financeira que as empresas tiveram com o home office, mas também porque perceberam que seus funcionários alcançaram novos níveis de produtividade sem perder a qualidade do trabalho.
E muito dessa produtividade e qualidade se deve às facilidades propostas pela tecnologia, em especial a nuvem.
Outra tendência que pode surgir como resposta para a evolução das metodologias de trabalho é o multicloud: uso de vários serviços e armazenamento na nuvem, que podem somar nuvem pública e privada, incluindo até softwares e aplicativos, em uma estrutura única.
Embora não exista uma data cravada de quando o multicloud possa ganhar seu lugar ao sol, assim como a nuvem de agora, há expectativas para que a partir de 2022 essa ferramenta comece a ganhar espaço entre empresas e usuários.
A pesquisa IBM/IDC fez esse destaque sobre o multicloud. O estudo apontou que 55% das empresas entrevistadas utilizam mais de um provedor de nuvem pública, tanto para IaaS como para PaaS (Plataforma como Serviço).
Isso demonstra que, assim como a nuvem “tradicional”, o multicloud também é uma realidade que tem à frente muito espaço para conquistar e se tornar uma ferramenta amplamente consumida.
Além do multicloud, outras tecnologias, como machine learning, inteligência artificial e internet das coisas em conjunto com a nuvem devem ver seu consumo aumentando gradativamente no pós-pandemia.
Independente do tipo de nuvem é nítido que esta é, sem dúvidas, um instrumento mais que essencial e que já vive, cada vez mais, uma expansão de seu consumo.
Então vale a pena investir na nuvem?
Mais uma repostas simples de responder: com toda certeza. Diante deste cenário de amplo crescimento, em que todos os tipos de empresa, de diversos segmentos, têm procurado investimentos em tecnologia com especial destaque para a nuvem, fica claro que esta ferramenta é uma aposta certeira.
A nuvem apresenta inúmeras vantagens e, além disso, se trata de uma tendência mundial para os próximos anos, no trabalho remoto e fora dele.
Independente do segmento da empresa - indústria, serviços, e-commerce, gastronomia, educação -, a nuvem tem poder para atender às principais demandas de tecnologia inerentes à atuação dessa ferramenta.
Mas, para exemplificar melhor as vantagens de investir em cloud computing, destacamos alguns benefícios:
Criptografia
Esse é um assunto frequentemente abordado nos últimos anos. Garantir segurança das informações e dados da empresa depende da criptografia e a nuvem oferece tudo isso. Independente do tipo de cloud, os padrões de criptografia são altamente eficazes e asseguram que todos os dados estão completamente protegidos;
Backup
Falando em segurança, a nuvem é a melhor alternativa para garantir o backup das informações da empresa, seja em casos de possíveis ataques cibernéticos ou até mesmo em situações de perda não intencional de arquivos e dados;
Controle de acesso
A nuvem possibilita um monitoramento de acesso à rede da empresa, aumentando a proteção dos dados, além de estabelecer um padrão de análise de como (e de onde) as informações são acessadas, evitando que pessoas sem autorização tentem adentrar a rede privada e acessar dados indevidamente;
Elasticidade
Uma das principais funções da nuvem é viabilizar a mudança, adição ou remoção de recursos prontamente, de forma autônoma, acompanhando a demanda, sem interferir no trabalho e sem a necessidade de manutenções longas que possam atrapalhar o dia a dia da organização;
Otimização do fluxo de trabalho dos colaboradores
A nuvem consegue otimizar tempo e dar fluidez ao trabalho, já que possui conectividade disponível ininterruptamente. Os funcionários podem acessar a rede corporativa de qualquer lugar e a qualquer momento, sem prejuízos ao data center e sem correr riscos de vazamento de informações. Por outro lado, o cloud ainda possibilita um aumento na produtividade, independente do local (escritório ou em casa);
Melhora nas ações de TI
O departamento de tecnologia, com a nuvem, vai ser um dos maiores beneficiados, porque agora contará com uma ferramenta que proporcionará mais autonomia aos colaboradores desta área, que poderão atuar de maneira rápida sem impactar diretamente na atuação dos demais departamentos;
Soluções instantâneas
A nuvem permite instantaneidade na resolução de conflitos internos que, em um ambiente tradicional, podem demorar a retornar 100% de suas funções. O cloud, portanto, fornece agilidade para solucionar problemas digitais que porventura aparecerem a qualquer momento.
Com tantos benefícios, é declarado que a nuvem é um grande investimento. E além de todas essas vantagens existe mais uma: a empresa que aposta em infraestrutura digital consegue se destacar diante do seu nicho de mercado, se tornando mais competitiva e à frente da concorrência.
E como destacamos, a tendência é que a nuvem continue aumentando seu consumo nos próximos anos, figurando como grande expectativa tecnológica para o pós-pandemia.
Vale ressaltar ainda que a nuvem é apenas mais um ponto de partida para novos mecanismos, ainda mais eficientes, que futuramente surgirão a partir do cloud computing, que já se apresenta como presente e futuro nas organizações e na vida pessoal de todo mundo que usa a tecnologia.
Como, então, ampliar o consumo da nuvem na empresa?
Se a sua empresa ainda não conta com cloud computing ou ainda está engatinhando nessa tecnologia, essa é a hora de investir nessa ferramenta.
O primeiro passo é procurar especialistas na área, que vão analisar a situação da sua organização, do que o departamento de TI tem à disposição e quais são as principais necessidades, para, assim, determinar quais serviços de nuvem podem ser aplicados.
Esse levantamento é essencial para encontrar exatamente o tipo de nuvem que vai atender totalmente a demanda da organização, sem deixar falhas ou lacunas no fluxo de trabalho.
Daí, o próximo passo é averiguar o orçamento e identificar se o tipo de nuvem escolhido cabe nas finanças e quais adaptações precisam ser feitas (isso pode incluir até mesmo investimento em novas máquinas ou equipamentos, se necessário).
Com todo esse planejamento em mãos, é hora de aplicar a nuvem na empresa e migrar o que for necessário para a nova metodologia. Mas, mesmo com tudo pronto, ainda não é o suficiente: os colaboradores precisam se entrosar com essa novidade.
Por isso, se possível, ofereça treinamentos para que os funcionários consigam se adaptar à nuvem, aprendam todas as suas funcionalidades e, principalmente, compreendam para que serve a nuvem e como ela vai melhorar a atuação da empresa e na empresa.
Feito isso, a nuvem está pronta para ser utilizada. É só aproveitar todos os benefícios e aprimorar a produtividade.
Entretanto, fica um adendo: sempre busque uma empresa qualificada e preparada para oferecer soluções em nuvem. Isso evita gastos desnecessários e prejuízos (além dos financeiros) que podem resultar em uma enorme dor de cabeça.
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