Existem diversos tipos de virtualização que, basicamente, significa a abstração de recursos computacionais para diferentes finalidades.
Uma das formas, muito utilizada, é para a criação de máquinas virtuais, que simulam um ambiente completo com recursos de software e hardware para o usuário.
Entretanto, a técnica é bem ampla e é utilizada para outras finalidades, como a virtualização de aplicativos, desktop e servidores, por exemplo.
Apesar de ser uma técnica que existe há um bom tempo, o crescimento de cloud computing fez com que esse conceito passasse a ser amplamente discutido.
Para que você entenda mais sobre esse assunto, vamos mostrar o que significa esse conceito, os tipos mais utilizados, bem como as vantagens e desvantagens de cada um. Acompanhe a leitura!
A virtualização permite que a partir de uma máquina outras possam ser criadas de maneira virtual e distintas uma da outra.
Portanto, se em um servidor forem criadas 4 máquinas virtuais, uma não interfere no funcionamento da outra, embora compartilhem os mesmos recursos, que são distribuídos ao serem criadas.
A máquina virtual funciona semelhante a uma física, com sistema operacional próprio, aplicações, conexão de rede etc.
Para ilustrar o conceito, imagine um disco rígido igual aos dos computadores domésticos e a criação de dois ou três volumes dentro do mesmo disco.
Um não tem acesso ao outro e todos compartilham os mesmos recursos, como o poder de processamento e memória do computador.
Os recursos compartilhados são gerenciados de maneira distinta. Por exemplo, cada máquina virtual tem sua própria capacidade de memória, armazenamento, recursos de rede etc.
Por isso, podemos dizer que a virtualização significa a abstração de uma camada física em diversas camadas lógicas.
Podemos citar como desvantagem a necessidade de ter redundância da máquina física em que estão as virtualizações.
Isso porque se houver algum problema físico com ela, será preciso que outra assuma suas funções para que as máquinas virtuais não fiquem indisponíveis.
A virtualização pode ser aplicada para diversos propósitos em uma infraestrutura de TI. A seguir, vamos mostras alguns dos principais tipos utilizados.
Na virtualização de servidores, um único servidor é dividido em tantos outros servidores virtuais quanto seja necessário.
Para fazer o processo de virtualização é necessária uma ferramenta, que será responsável por criar e gerenciar as máquinas virtuais.
O servidor físico é chamado de host — hospedeiro — e as máquinas virtuais criadas são chamadas guest, que significa hóspede ou convidado.
A ferramenta para implementar a virtualização é denominada Virtual Machine Monitor — VMM ou hypervisor.
O hypervisor funciona como um substituto do sistema operacional da máquina física. Isso significa que é ele quem vai cuidar de todas as configurações para a criação e gerenciamento das máquinas virtuais, como a alocação de recursos para cada uma.
A VMware oferece diversas soluções para os mais variados tamanhos de ambientes.
Por exemplo, o VMware Workstation Player é indicado para sistemas operacionais Windows ou Linux e é oferecido em versão gratuita.
Essa versão é recomendada para o uso doméstico ou acadêmico, pois conta com recursos mais limitados.
O VMware Server é uma solução indicada para servidores de pequeno e médio porte e também é oferecido gratuitamente.
Já o VMware ESXi é indicado para servidores de grande porte, portanto, para o uso corporativo.
Por sua característica de funcionar como um sistema operacional, oferece melhor desempenho por conta da proximidade entre o software e o hardware.
Existem outras empresas que também trabalham com esse tipo de solução, como a Microsoft, a Xen, a VirtualBox, entre outras.
É muito comum no ambiente de TI que as aplicações funcionem em sistemas operacionais diferentes.
Nesse cenário, em vez de comprar duas máquinas para rodar os diferentes sistemas operacionais para atender a aplicação, cria-se duas máquinas virtuais para rodar cada aplicação.
Essa solução é importante, por exemplo, para sistemas legados que rodam em sistemas operacionais com versões antigas e que não há como serem atualizados.
Dessa forma, é possível reduzir o número de máquinas e custos referentes a sua manutenção.
Outro benefício da virtualização de aplicativos é o acesso remoto, pois permite que o usuário possa acessar a aplicação sem que haja a necessidade de instalá-la em seu computador local.
Outra forma de utilizar a virtualização é para disponibilizar desktops de forma virtual. Esse processo é semelhante ao de aplicações, entretanto, toda a máquina é virtualizada.
Nesse tipo de virtualização é possível acessar o sistema operacional, além de todos os aplicativos e arquivos instalados e armazenados nele.
Na prática, a instalação do sistema operacional não é feita na máquina local do usuário, e sim na ferramenta para virtualização utilizada e distribuída para o acesso remoto.
O acesso às estações de trabalho é feito a partir de qualquer dispositivo, o que contribui para a ampliação do conceito BYOD — Bring Your Own Device —, que significa traga seu próprio dispositivo, no qual o usuário acessa o ambiente corporativo a partir de seu notebook, tablet ou celular.
Tanto a virtualização de aplicativos quanto a de desktop podem ser feitas por meio de ferramentas como a VMware Horizon.
A ferramenta permite gerenciar desktops e aplicativos por meio de uma plataforma, na qual é possível alocar recursos de maneira rápida e segura.
A utilização de ambientes virtualizados traz uma série de benefícios para as empresas.
A virtualização proporciona uma grande economia ao negócio, pois diminui a necessidade de altos investimentos em hardwares.
Isso porque muitas aplicações requerem um ambiente específico, no entanto, consomem pouco recursos de máquina.
Dessa forma, ao utilizar a virtualização, é possível aproveitar um único servidor para outras aplicações e, assim, economizar na necessidade de investir em várias máquinas.
Com isso, ocorre a redução de custos em outros tipos de despesas, como o gasto com energia elétrica, contratos de manutenção do servidor, entre outros.
A economia com o espaço físico é outro grande benefício da virtualização. Imagine o espaço necessário se para cada aplicação específica fosse preciso um servidor exclusivo.
Com a redução do número de máquinas, é possível ter um espaço menor para os servidores.
Outro benefício que a virtualização proporciona é a facilidade para a recuperação do ambiente em caso de falhas.
Isso porque o processo de virtualização proporciona aos servidores a alta disponibilidade e integração de ambientes por conta da redundância necessária.
Assim, é possível gerenciar a alocação de forma que se ocorrer alguma falha de hardware, outro servidor disponibilize o ambiente virtualizado.
A tecnologia de virtualização pode ser aplicada de diversas formas em uma infraestrutura de TI. Ao utilizar os tipos de virtualização possíveis, as empresas obtêm inúmeros benefícios no gerenciamento do ambiente, além de uma significativa redução de custos.
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