Quem trabalha com infraestrutura provavelmente já esbarrou no termo arquitetura ARM e pensou se isso é só uma moda do mercado ou se realmente muda alguma coisa no dia a dia do data center. E a respostas é que muda sim. O curioso é que, por muito tempo, ARM ficou preso à fama de chip de celular, aquela ideia de baixo consumo e isso tem mudado nos últimos anos.
Hoje, grandes provedores de nuvem disputam benchmarks como se estivessem medindo potência de carro esportivo. Em 2025, isso ficou ainda mais evidente. Relatórios da Omdia mostram que os servidores baseados em ARM já representam cerca de 15% das novas instalações globais, impulsionados por custos menores por core e um salto real de desempenho em workloads modernos.
A arquitetura ARM nasceu como um conjunto de instruções pensado para ser leve, direto e muito econômico no uso de energia, algo diferente do caminho seguido pela x86. Em vez de acumular instruções complexas, o processador ARM trabalha com operações menores e mais rápidas, permitindo que o chip seja compacto, gere menos calor e mantenha um desempenho estável mesmo com consumo reduzido. É por isso que ele dominou smartphones e dispositivos móveis por tantos anos.
Só que a história mudou quando fabricantes começaram a escalar essa lógica para servidores, criando CPUs com cores de alta eficiência e foco em paralelismo. O resultado é uma arquitetura ARM capaz de rodar aplicações cloud nativas, microserviços e workloads distribuídos com uma relação desempenho por watt que costuma surpreender quem ainda associa ARM apenas a celulares.
Em grandes clusters, a conta de energia pode ultrapassar o custo do hardware em poucos anos, e quando um processador ARM reduz essa fatura, o impacto financeiro aparece rápido.
Durante anos, ARM não entregou a mesma força bruta da x86 em tarefas monolíticas. Só que o mercado mudou. Workloads modernos mudaram. Microserviços, aplicações distribuídas, containers, APIs rápidas... tudo isso combina com ARM quase como se tivesse sido desenhado em conjunto.
E quando alguém fala em eficiência por watt, normalmente o administrador de sistemas faz aquela cara de quem sabe exatamente onde isso dói no bolso. Agora, claro, existem casos onde x86 ainda brilha. Big databases tradicionais, sistemas legados que não escalam horizontalmente, algumas soluções altamente otimizadas para instruções específicas. Mas quando a aplicação escala por número de instâncias e não por potência individual, ARM entra em campo com vantagem.
O que importa é se funciona, se entrega e se não dá dor de cabeça. Nesse sentido, servidores ARM têm alguns efeitos bem concretos.
Um deles é o tamanho da infraestrutura. Como ARM consome menos e dissipa menos calor, o servidor pode ser mais compacto. Isso abre espaço para densidade maior no rack e projetos de hardware mais modulares. Outro impacto aparece no ciclo de manutenção. Menos calor significa menos stress térmico e menos falhas relacionadas a isso. Pequena diferença, grande economia.
Também existe o ecossistema. O Linux roda de forma madura em ARM há anos. Containers funcionam normalmente. Ferramentas de observabilidade, CI/CD, bancos NoSQL, soluções de edge computing... nada disso causa surpresa.
A escolha depende do tipo de carga e do objetivo da empresa. Mas se a pergunta é se ARM já está pronto para uso corporativo, o mercado já validou. O que realmente importa agora é entender como essa tecnologia encaixa no plano de modernização da infraestrutura.
Gestores que buscam reduzir custos de cloud, ampliar capacidade de processamento ou repensar arquiteturas muito engessadas encontram no ARM uma alternativa concreta. E não uma alternativa qualquer, mas uma que pressiona positivamente todo o mercado a repensar eficiência.
A adoção de novas arquiteturas sempre traz questionamentos. Não basta saber se a tecnologia é boa. Precisa encaixar no desenho da operação, nos SLAs, na segurança, no nível de previsibilidade que o negócio exige. É justamente nesse ponto que abordagens consultivas fazem diferença.
A EVEO, maior empresa de servidores dedicados e principal referência em private cloud, acompanha a evolução do mercado de perto, o que vale é entender a necessidade de cada carga e escolher o caminho certo para cada cliente. E times que dominam mais de uma arquitetura tendem a construir infraestruturas mais inteligentes, mais econômicas e mais preparadas para o que vem pela frente. Operamos exatamente nesse ponto: orientar, desenhar e entregar a solução que realmente faz sentido para cada ambiente.