A computação em nuvem provocou uma revolução na forma como as empresas fornecem serviços e implementam infraestruturas de TI hospedadas na internet. É um mercado inovador, mas já competitivo, o que torna o uso de softwares de gerenciamento fundamental. Eles podem agregar vantagens e construir um diferencial para o negócio que oferece soluções em IaaS (Infrastructure as a Service).
Atraídos pelas promessas de benefícios, muitos gestores estão migrando a empresa para a nuvem, e isso tem exigido um grande esforço dos fornecedores de cloud para o gerenciamento dos ambientes, ferramentas e recursos oferecidos. Você já ouviu falar do OpenStack? Esse software pode te ajudar muito.
Se você ainda não conhece a ferramenta, descubra a partir de agora o que é OpenStack, as vantagens que ele oferece e como pode ser utilizado para melhorar o desempenho do negócio!
Esse software atua como um sistema operacional que permite gerenciar grandes estruturas de nuvem, armazenamento de dados e rede. Toda a infraestrutura pode ser controlada por meio de um dashboard (painel de controle) dando aos administradores a liberdade de preparar os usuários para entregarem recursos através de uma interface web.
Resumindo, o OpenStack é um software Open Source (sistema de código aberto) que você pode instalar em vários servidores para agregar uma camada de orquestração nas diferentes interfaces web, API (Application Programming Interface) e CLI (Command Line Interface). Cada servidor terá a responsabilidade sobre um ou mais serviços, considerando que ele é completamente modular. Isso facilita essa orquestração dos recursos de nuvens pública e privada oferecidas ao cliente em forma de nuvem híbrida.
O software é construído e mantido por uma comunidade ativa de desenvolvedores voluntários com bons níveis de conhecimentos, habilidades e experiências no ramo de TI e cloud computing. Tudo é feito em colaboração com os usuários e é projetado em aberto para a implementação de melhorias por quem quiser ajudar. Embora o OpenStack seja um projeto de código aberto, ele é suportado por vários fornecedores famosos, incluindo HP, IBM, Rackspace, Dell e Red Hat.
Como você já viu, o OpenStack é uma plataforma de arquitetura completamente modular. Sendo assim, você tem o poder de trabalhar de forma totalmente flexível, utilizando apenas os componentes que precisar, o que também conta como uma das vantagens de utilizar essa ferramenta.
Esses módulos do OpenStack são divididos em duas categorias, sendo elas: serviços essenciais (core services) e serviços opcionais (optional services).
Os core services recebem esse nome devido ao fato de suas funcionalidades serem consideradas essenciais para atribuir as principais características de uma IaaS ao OpenStack. Veja alguns dos módulos de core service logo abaixo.
Responsável pelo sistema de identificação do OpenStack, o Keystone é o serviço que cria políticas e alguns métodos que atuam no controle de acesso. A utilização do Keystone é necessária para garantir aos usuários a autorização para que acessem somente aquilo que a eles compete.
Basicamente, o Nova é um serviço computacional que atua no gerenciamento de acesso aos recursos. Assim, o administrador consegue, por meio da dashboard, se comunicar com o Nova para fazer a criação de uma instância conforme está sendo solicitado; o Nova, por sua vez, fará a entrega de todos os recursos prontos para serem usados.
O Glance nada mais é que um gerenciador de imagens (ISO) de máquinas virtuais. Por meio da utilização dele, todas as ISOs da empresa são armazenadas e organizadas em um disco, que por sua vez será integrado ao Nova.
Dessa forma, o administrador só precisará fazer o uso da dashboard para solicitar uma determinada ISO de um sistema operacional ou até mesmo de um ambiente pré-configurado.
Atuando como um departamento de redes por onde são transmitidas todas as solicitações dos usuários, o Neutron funciona como o serviço de redes do OpenStack ou, melhor dizendo, um NaaS (Networking as a Service). Esse serviço é o responsável pela verificação e autenticação das solicitações feitas pelos usuários.
Ao contrário dos core services, os optional services não são fundamentais para o funcionamento do OpenStack, eles atuam apenas como um complemento, porém, não deixam de ter sua importância em certos casos. Veja alguns dos módulos de optional services logo abaixo.
Basicamente, o Cinder é um componente de armazenamento em bloco. Sendo assim, ele cria uma representação do gerenciamento dos recursos, disponibilizando uma API onde o usuário poderá, por meio do Nova, realizar a solicitação da quantidade de volume de disco que precisa.
O Swift é empregado no armazenamento dos blobs em larga escala. Por se tratar de um sistema bastante flexível, o Swift é muito bom para o armazenamento de dados não estruturados, que podem vir a aumentar massivamente, garantindo sempre que os arquivos estejam disponíveis.
O Watcher nada mais é que um projeto que atua com o fornecimento de serviços que escalam para otimizar as nuvens do OpenStack em várias instâncias. Basicamente, o Watcher realiza um loop de melhorias que alcançam tudo dentro de uma infraestrutura de nuvem no OpenStack.
Sintetizando, tanto os core services quanto os optional services nos direcionam ao melhor aproveitamento dos benefícios do OpenStack. Quando aplicada, essa tecnologia disponibiliza um setor de TI bem completo e eficaz.
O OpenStack trabalha com tecnologias facilmente reconhecidas pelos administradores e, por ter código aberto, é uma ferramenta ideal para a construção de infraestruturas heterogêneas. As maiores empresas do mundo utilizam esse software e dependem dela para administrar seus negócios todos os dias, reduzindo custos e ajudando o negócio a ser mais flexível com relação às mudanças de mercado e necessidades de demanda a serem atendidas.
Um grande diferencial da ferramenta é que o usuário consegue tornar todo o Data Center automatizado sem o uso de equipamentos e outras ferramentas adicionais. Além disso, a ferramenta conta com um forte ecossistema, fornecendo um suporte comercial aos usuários por meio de diferentes produtos e serviços disponíveis no mercado. Uma das vantagens mais significativas do OpenStack é a forma como abraça o desenvolvimento de novos recursos.
Com isso, empresas como Google, Facebook e Netflix criaram serviços baseados na nuvem quando as ferramentas existentes já não conseguiam mais atender às suas necessidades. Podemos dizer que o OpenStack promove uma abordagem DIY (Do It Yourself) para a computação em nuvem e muitas organizações vêm se beneficiando da ferramenta para gerenciar melhor os recursos de cloud computing que utilizam e disponibilizam.
Por exemplo: você pode montar uma arquitetura com um controller, inserir um network node (nódulo de rede) e um ou mais compute nodes (nódulos de computação), sendo que cada servidor ficaria dedicado a um ou mais serviços.
O fato de ter código aberto faz com que o OpenStack seja mais flexível e personalizável. Isso facilita a implementação e o lançamento de novidades com maior frequência pelos desenvolvedores. Além disso, amplia o potencial da tecnologia e gera ainda mais oportunidades para melhorar o desempenho operacional do negócio.
Para quem usa a ferramenta, o OpenStack entrega propostas inovadoras e de modo muito mais veloz, além de permitir personalizar todo o programa e os ambientes de nuvem inseridos nele. Por exemplo, se um cliente solicita uma infraestrutura diferente, o provedor da cloud pode verificar a possibilidade e satisfazer a demanda. Se for possível, a solicitação será atendida, já que é fácil implementar soluções para diversas necessidades.
Em outro exemplo: considere uma equipe de desenvolvimento de softwares que precisa realizar testes constantes de suas aplicações. Sem o OpenStack, seria necessário abrir um chamado para o pessoal da Infraestrutura para solicitar um provedor, profissionais e recursos disponíveis necessários para a realização da tarefa.
Além disso, todos esses recursos devem ser alinhados para realmente atender às necessidades do solicitante, o que pode gerar um grande trabalho. Sem a ajuda de um software, esse processo fica mais demorado e burocrático, exigindo maiores esforços e tempo para ser concluído.
Já no caso de uma estrutura hospedada na nuvem, todo esse trabalho pode ser feito pelo próprio time de desenvolvedores. Isso porque os profissionais terão uma interface web disponível e com configurações liberadas. Com pouco cliques, é possível criar o ambiente necessário para a realização dos testes.
Os desenvolvedores também podem criar uma ferramenta conectável à API do OpenStack e construir um ambiente completo com VMs (Virtual Machines), roteadores, redes, bancos de dados e firewalls com um clique apenas. Como resultado, a empresa reduz consideravelmente o tempo gasto e o envolvimento de profissionais de outras áreas, agregando agilidade a todo o processo e diminuindo os custos operacionais.
O OpenStack é uma ferramenta mundialmente conhecida e com boa fama pelas vantagens e benefícios que oferece. Mesmo sendo utilizada por diversas empresas ao redor do globo, seu uso ainda é muito tímido no Brasil. Poucas usam o software por aqui, tendo sua implementação mais limitada à nuvem privada.
Esse cenário, no entanto, deve mudar em breve. Já existem provedores de cloud no Brasil que montam a sua própria nuvem privada no OpenStack, mas que também oferecem os serviços de nuvem pública incorporando a tecnologia. Isso quer dizer que uma empresa de porte médio ou pequeno, que não precisa investir na nuvem privada ainda, pode ter todos os benefícios entregues pelo software utilizando a nuvem pública mesmo.
Uma dica que sempre damos aqui é fazer contato prévio com um provedor de cloud que usa o OpenStack para que as reais necessidades do negócio sejam analisadas a fundo e as soluções certas sejam implementadas. Dessa forma, a empresa ganha um nível estratégico superior e adquire maior vantagem competitiva no mercado.
Gostou deste post sobre o que é OpenStack e sua atuação no auxílio do gerenciamento de nuvem? Assine a nossa newsletter agora mesmo e seja sempre o primeiro a saber quando divulgarmos conteúdos como este!