Já pensou no que acontece se a energia de um data center cai? Pois é. Não dá para simplesmente “reiniciar” um ambiente que hospeda milhares de servidores, aplicações críticas e bancos de dados que sustentam empresas inteiras. É aí que entra um conceito que parece simples, mas salva o dia: redundância elétrica.
Redundância é basicamente ter um plano B funcionando junto com o plano A. Em vez de depender de um único caminho de energia, o data center conta com múltiplos sistemas capazes de assumir instantaneamente se algo falhar.
E não é exagero. Em infraestrutura de missão crítica, uma queda de segundos pode gerar prejuízos de milhões.
Imagine que seu data center é um coração. Se uma artéria entope, o sangue precisa de outro caminho para continuar fluindo. A redundância é isso: um circuito paralelo pronto para agir sem que ninguém perceba a falha.
Em um data center bem projetado, a energia nunca vem de uma única fonte. Há duas ou mais linhas independentes, alimentadas por diferentes transformadores, UPS (no-breaks) e geradores. Tudo funciona em sincronia, mas com isolamento o suficiente para que uma falha em um ponto não derrube o restante do sistema.
Nenhum servidor desliga, nenhum cliente percebe. É esse tipo de continuidade que diferencia um ambiente de alta disponibilidade de um ambiente comum.
Nem toda infraestrutura é igual. O nível de redundância varia conforme a criticidade da operação. Os modelos mais comuns são:
N é a capacidade exata necessária para manter um data center operando em plena carga de TI, sem folga e sem reserva. Por exemplo, se o ambiente precisa de quatro unidades UPS para operar em plena capacidade, N é igual a quatro. Qualquer falha em uma delas já compromete o sistema, porque não há backup disponível.
Aqui as coisas ficam mais seguras. O modelo N+1 adiciona uma unidade extra a mais do que o necessário. Voltando ao exemplo anterior: se o ambiente precisa de quatro UPS para funcionar, ele terá cinco instaladas. Assim, mesmo que uma apresente falha, as outras quatro continuam sustentando a carga de TI sem interrupção.
Essa é uma das configurações mais usadas em data centers comerciais porque equilibra custo e confiabilidade. Garante tolerância a falhas pontuais sem exigir duplicação completa de infraestrutura. É o famoso “backup inteligente”, o suficiente para não comprometer o ambiente em caso de problema isolado.
O modelo 2N é quando o data center possui dois sistemas elétricos independentes, cada um capaz de suportar 100% da carga sozinho. É literalmente uma duplicação completa: duas redes de energia, dois conjuntos de UPS, dois geradores, dois painéis, dois caminhos separados até os racks.
Se uma linha inteira for comprometida, seja por falha, manutenção ou evento externo, a outra assume imediatamente, sem impacto.
Agora estamos falando do nível mais alto de resiliência. No modelo 2N+1, o data center tem duas linhas completas e ainda um componente adicional de reserva. Ou seja, cada sistema já é 100% redundante e, além disso, há um “sobrando”. Esse formato garante que, mesmo durante uma manutenção planejada em um sistema inteiro, ainda exista redundância disponível no outro. É a definição de tolerância total a falhas, uma estrutura preparada para continuar de pé mesmo em cenários extremos.
Leia também: Redundância de servidores em TI: como prevenir tempo de inatividade.
Sim, e o motivo é simples: confiabilidade.
Segundo dados da Uptime Institute, 70% das interrupções em data centers vêm de falhas elétricas ou de refrigeração. Ou seja, a energia é, de longe, o elo mais sensível da cadeia. Ter redundância reduz drasticamente esse risco e garante o que mais importa: disponibilidade contínua.
Sem contar que falhas de energia não acontecem só por erro humano. Podem vir de eventos externos (tempestades, quedas na rede pública, manutenção emergencial). E quando isso ocorre, o sistema elétrico redundante é o que mantém tudo de pé até o problema passar.
Energia e dados andam de mãos dadas. A redundância de dados segue a mesma lógica: múltiplas cópias em locais diferentes, para garantir que nada se perca se um servidor ou disco falhar.
Ou seja, tanto o sistema elétrico quanto o armazenamento seguem o mesmo princípio: eliminar pontos únicos de falha.
A diferença é que, enquanto a redundância elétrica mantém o ambiente ligado, a de dados mantém as informações intactas. Uma complementa a outra.
Um bom projeto é aquele que considera o pior cenário e ainda assim mantém tudo funcionando. Ele prevê rotas independentes e manutenção planejada.
Na EVEO, redundância não é diferencial, é padrão. Todos os nossos data centers são Tier III, o maior nível de classificação disponível no Brasil, e operam com infraestrutura N+1 em energia, refrigeração e conectividade. Isso significa que cada componente crítico tem um backup pronto para assumir a carga sem interrupções.
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