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Como a localização do data center afeta sua operação?

Escrito por Redação EVEO | May 13, 2025 3:00:00 AM

A localização de um data center sempre foi um fator relevante — mas agora ela pesa mais do que nunca. Em um cenário de custos instáveis, exigências regulatórias e demandas cada vez maiores por desempenho, decidir onde hospedar sua infraestrutura deixou de ser uma escolha técnica e virou uma decisão estratégica.

Neste artigo, mostramos o que muda na prática quando a infraestrutura está mais próxima: de latência a suporte, de conformidade a escalabilidade. Porque, sim — o “onde” influencia cada etapa da sua operação.

Por que a localização do data center impacta

A ideia de que “na nuvem tudo é virtual” costuma enganar. Todo ambiente digital mora em algum lugar físico. E esse “onde” pode ser o fator que separa um ambiente estável de uma dor de cabeça sem fim.

A localização do data center mexe em mais coisa do que parece. Não é só sobre onde ficam os servidores, mas sim sobre tudo que vem junto: infraestrutura de TI, acesso a rede elétrica estável, suporte técnico, leis locais, impostos e até o idioma na hora de pedir ajuda. 

É por isso que tanta empresa começou a reavaliar onde está hospedando seus sistemas. Depois de anos de aposta em clouds globais, muita gente esbarrou em custos altos, lentidão no suporte, dificuldades contratuais e limitações legais.

Esse movimento já aparece nos dados. De acordo com a IDC, em 2024, dois terços das empresas brasileiras demonstraram intenção de trazer workloads de volta para infraestruturas próximas, buscando mais controle sobre custos, conformidade regulatória e suporte alinhado à realidade do negócio.

Com provedores nacionais ganhando estrutura e escala, a localização passou a ser parte da estratégia. E quando cada segundo conta, operar longe demais custa caro.

Efeito da distância na latência de rede

A distância entre o data center e o usuário final influencia diretamente a latência de rede.

Quanto maior o trajeto físico, mais pontos de troca entram no caminho. Cada roteador, cada troca de operadora, cada segmento da rede adiciona alguns milissegundos ao tempo de resposta.

Esses pequenos atrasos se somam — e impactam a velocidade de carregamento de aplicações, o tempo de processamento de integrações e a fluidez de sistemas de atendimento.

Quando a latência sobe, aparecem também variações no tempo de entrega dos pacotes (jitter) e perdas de dados no trajeto (perda de pacotes). Para aplicações sensíveis, como SaaS, plataformas de venda ou ERPs, essa instabilidade é suficiente para afetar a experiência de uso e gerar gargalos operacionais.

Ambientes hospedados próximos reduzem esses efeitos. Com menos saltos, o tráfego se torna mais estável, a comunicação entre sistemas fica mais rápida e a performance das aplicações se mantém previsível mesmo sob alta demanda.

Interconexão local e estabilidade de tráfego

Ainda falando sobre redes, existe uma diferença prática entre estar conectado e estar bem conectado.

Servidores instalados em data centers próximos, com presença nos principais pontos de troca de tráfego, operam com mais estabilidade. A comunicação com outras redes acontece de forma direta, sem depender de rotas longas ou operadoras intermediárias.

Essa interconexão local melhora a qualidade da rede e reduz o risco de gargalos externos — especialmente em ambientes com alto volume de troca de dados. É o tipo de estrutura que sustenta aplicações críticas com mais consistência.

Quem opera com peering nacional ativo consegue entregar dados com menos interferência e mais previsibilidade. Isso vale para servidores que atendem usuários finais, integram sistemas externos ou rodam aplicações distribuídas.

A estrutura do data center também conta. Ambientes com certificação Tier III garantem conectividade estável, múltiplas rotas de acesso e tolerância a falhas — o que ajuda a manter a operação de pé mesmo em cenários fora do previsto.

Suporte local e agilidade no atendimento

Em caso de falha, o tempo até a solução depende mais da proximidade do suporte do que da capacidade técnica do ambiente.

Provedores nacionais têm vantagem nesse ponto: falam o mesmo idioma, operam no mesmo fuso, seguem as mesmas regras fiscais e jurídicas. Isso reduz ruídos na comunicação e acelera a resposta — tanto em atendimentos remotos quanto em situações que exigem ação direta no data center.

Em ambientes com servidores dedicados, onde cada minuto parado pode comprometer entregas, o suporte local ajuda a encurtar o caminho entre a detecção do problema e a correção.

Além disso, ajustes físicos, upgrades ou trocas de hardware são mais simples quando o time técnico está a alguns quilômetros.

Menos camadas no atendimento técnico significa mais controle sobre a operação.

Conformidade e soberania de dados

A localização do servidor influencia diretamente o atendimento às normas de proteção de dados.

Quando a infraestrutura está fora do país, o controle sobre os dados se complica.
As informações passam por jurisdições diferentes, sujeitas a leis externas e restrições de transferência internacional — o que torna o compliance mais difícil e mais caro.

Em data centers no Brasil, a situação muda. A soberania de dados é preservada: tudo é armazenado e processado sob a proteção da LGPD e dentro dos limites regulatórios nacionais.

Isso facilita auditorias, simplifica obrigações legais e reduz o risco de não conformidade em caso de fiscalização. Para quem opera em mercados regulados, manter os dados sob legislação local não é mais uma escolha técnica. É uma exigência operacional.

Pagamento em reais

A localização do data center também impacta a forma como a empresa lida com custos e impostos. Ao contratar fornecedores locais, o pagamento é feito em moeda nacional, sem exposição direta à variação cambial.

Pagamento em reais evita surpresas no orçamento e facilita o planejamento financeiro — principalmente em contratos de longo prazo. Além disso, a tributação fica mais simples. Operar com empresas do mercado brasileiro agiliza o processo de faturamento, adequação fiscal e controle de obrigações acessórias.

Para ambientes de hospedagem dedicada, manter a operação em um data center nacional garante mais previsibilidade e reduz o risco de impacto financeiro por fatores externos.

Em projetos críticos, a localização do data center não influencia apenas a performance técnica. Ela também pesa no equilíbrio financeiro da operação.

A localização do data center é uma estratégia

Escolher a localização do data center define até onde a operação pode crescer sem travar.

Data centers bem posicionados oferecem acesso a múltiplas redes, estrutura para suportar crescimento de tráfego e espaço físico para expansão de recursos.
Sem essa base, novos projetos enfrentam limitações que não aparecem no início, mas cobram a conta no médio prazo.

Para servidores dedicados, a localização também interfere na facilidade de implementar virtualização, replicação entre regiões e escalonamento de cargas sem reestruturar tudo do zero.

Infraestrutura de alta disponibilidade é o ponto de partida, mas localização estratégica é o que garante continuidade sem precisar migrar a operação a cada novo ciclo de crescimento.

A EVEO entrega essa base com servidores no Brasil em 4 regiões, conectados aos principais pontos de troca de tráfego do país — prontos para suportar o seu próximo movimento.