As tecnologias de cloud computing passaram da fase de promessa e começaram a dar resultados reais. E, mesmo com o amadurecimento desse mercado, os provedores do serviço, em todo o mundo, enxergam muito espaço para crescer. Uma grande fatia dele pode ser preenchida já nos próximos anos!
Mas e no Brasil? Qual o cenário atual? Cada país apresenta seus avanços em relação à nuvem. Nos últimos tempos, mudanças significativas foram realizadas, que deram um novo rumo para a tecnologia no país. O maior exemplo são os serviços de cloud, que se tornaram estratégicos para o mundo corporativo.
Para entender como isso impacta o mercado de TI nacional e quais as próximas novidades para o mercado, continue aqui e leia mais sobre o assunto.
Com pouco tempo de existência da tecnologia, os empresários observaram que a computação em nuvem poderia representar mais que apenas uma ferramenta para o armazenamento e backup de informações. Logo, algumas organizações multinacionais passaram a investir no serviço como forma de melhorar e ampliar suas operações a baixos custos. Isso deu tão certo que as empresas de pequeno e médio porte vieram logo atrás.
Hoje, diversas corporações, tanto grandes quanto pequenas, em todo o planeta, investem na nuvem de forma regular. A adoção desta tecnologia gera ambientes de trabalho mais flexíveis.
Isso sem dizer de formar processos mais eficientes por meio da integração de informações e usando a automação para ter o mínimo de interferência humana. A partir desses fatores a nuvem traz vantagens que permitem ações mais rápidas, principalmente no que se refere à adequação das mudanças de mercado.
Além disso, é importante destacar que o cloud computing é uma tecnologia com ótimo custo-benefício. Não é preciso pagar por manutenções em data centers e nem mesmo investir em hardware utilizado no armazenamento e backup.
Ou seja, o cloud representou uma revolução para o mundo empresarial, já que tornou mais simples o acesso às tecnologias de ponta, podendo cortar custos e responsabilidades das infraestruturas locais próprias que tinham.
Nos países onde a transformação digital é maior, as corporações já investem em ativos estratégicos, como a criação de aplicações críticas e legadas. Em relação aos investimentos feitos na nuvem, os empresários buscam otimizar processos de segurança e também aumentar a elasticidade, com intuito de diminuir o uso de novos equipamentos e outros recursos.
Outro fator que impulsionou a adoção do cloud por parte das empresas foi a necessidade de criar vantagens competitivas, uma vez que o mercado está cada vez mais acirrado. Afinal, a nuvem oferece condições para os negócios crescerem de forma sustentável, com investimentos em perfeita concordância com a demanda, sem gastos com recursos ociosos.
Nos últimos anos, principalmente após o início da pandemia em 2020, o cloud computing tomou um rumo ainda mais próspero. Com a necessidade de se adaptar ao trabalho remoto e ter ‘corpo’ suficiente para suportar tantas pessoas na mesma conexão, muitas empresas decidiram fazer a migração imediatamente.
Embora essa mudança repentina não seja indicada, foi a melhor solução que muitos empresários encontraram para se adaptarem à nova realidade e até mesmo não decretarem falência. A flexibilidade e a segurança que a nuvem proporciona foram os maiores aliados, o que facilitou nessa transição de tecnologias.
O HSBC, uma das maiores empresas de serviços bancários e financeiros do mundo, adotou o AWS em 2017 para iniciar o serviço de open banking. A elasticidade e segurança foram os maiores atrativos que fizeram a gigante optar pelo cloud computing. Em 2020, para iniciar o projeto de transformação digital, a empresa novamente recorreu à nuvem e executou uma série de planos estratégicos com base nessa tecnologia.
O resultado dessas mudanças está na tendência do mercado. Segundo o Gartner, a expectativa é que as empresas invistam cerca de US$ 900 bilhões em cloud computing até o ano de 2025. Os números mostram que cada vez mais a nuvem tem sido a solução ideal.
Devido às dúvidas existentes acerca do cloud computing, o mercado de TI brasileiro demorou para mergulhar de cabeça nos investimentos em nuvem. Até pouco tempo existia certa desconfiança em relação à segurança da nuvem, já que em diversas fontes divulgavam informações errôneas sobre essa tecnologia. Contudo, principalmente após o início da pandemia, muitas empresas viram que era necessário confiar em novos conceitos.
O momento atual é bastante próspero para o cloud. A expectativa dos especialistas é que o investimento na área aumente em até 20% no ano de 2022, o que pode dar um passo ainda maior para a imersão total dessa tecnologia no país.
Até então, o cenário apontava o Brasil como o maior investidor da América Latina, mas com baixo índice de aproveitamento dos benefícios relacionados à escalabilidade e alta disponibilidade oferecidas pela nuvem. Isso mostra que começamos tarde. No entanto, ainda há espaço para crescer! O que deve acontecer em um ritmo muito acelerado para compensar o atraso.
Muitos especialistas afirmam que as empresas brasileiras devem investir em cloud pensando, principalmente, em obter uma TI mais flexível para atender adequadamente os fluxos de demanda. Além disso, é importante buscar maior eficiência operacional sem a necessidade de investir em recursos físicos.
Com base nisso, separamos algumas das principais tendências que devem impactar o mercado da computação na nuvem nos próximos anos. Confira!
1 - Ampliação do uso de Inteligência Artificial
A IA é uma tecnologia fundamental para a criação de automação de processos que caminha junto com a evolução dos serviços de cloud no Brasil. Segundo estudos do Instituto Ducker Frontier, estima-se que o PIB nacional irá aumentar cerca de 7,1% graças ao incentivo a essa área.
Embora ainda exista uma precariedade em relação aos investimentos governamentais na IA, a tendência é que o mercado enxergue essa tecnologia como uma grande tendência e um excelente investimento para os próximos anos.
2 - Criação de estações de trabalho remotas
A evolução da nuvem está alinhada com as tendências de trabalho para o futuro. O home office já é uma realidade, mas pode ir além, tornando as estações de trabalho remotas. Ou seja, os serviços de cloud computing devem contribuir para tornar os escritórios virtuais em móveis, permitindo que muitas tarefas sejam realizadas pelo celular. Tudo depende das empresas disponibilizarem os seus dados e ferramentas por meio de uma plataforma online.
Além do cloud computing, o aumento da população nas grandes cidades e os congestionamentos devem levar mais profissionais a buscarem alternativas de trabalho a distância. Para as empresas, isso significa uma redução considerável dos custos com infraestrutura física.
Segundo pesquisas realizadas pela FEA-USP e FIA, estima-se que 78% dos trabalhadores que estavam em home office durante a pandemia pretendem manter o mesmo modelo de trabalho remoto nos próximos anos.
Uma das alternativas que o mercado pode optar é o VDI. A sigla remete ao nome em inglês Virtual Desktop Infrastructure, que possibilita a virtualização de um sistema utilizado pelo computador dos colaboradores. De forma simplificada, a tecnologia permite que dados sejam salvos em um mesmo local virtual, onde vários usuários (com entrada permitida) podem acessar.
Então, com essa e outras tecnologias, em um futuro bem próximo, será possível ver “hubs” espalhados pelas cidades, oferecendo não apenas a internet, mas também os dispositivos necessários de acesso para atender esse público.
3 - Modernização das arquiteturas e DevOps
Segundo a empresa IBM, uma forma de modernizar as arquiteturas é por meio de “aplicações tradicionais existentes, enquanto as abastece com serviços nativos em nuvem novos e inovadores”. Outra expectativa é sustentada pela contratação dos serviços de PaaS (Platform as a Service) que vem crescendo de forma exponencial por aqui.
Isso quer dizer que o ganho de competitividade de algumas empresas deve impulsionar as demais a seguirem o mesmo caminho, gerando novas arquiteturas de TI e DevOps (Development and Operations) também por meio dos serviços de IaaS (Infrastructure as a Service) e SaaS (Software as a Service).
Para os provedores desses recursos digitais, o uso da tecnologia de containers e de serviços gerenciados representará um diferencial para atender a demanda. Eles otimizam os processos por não ser necessário o uso de sistemas operacionais, além de gerar a uma redução nos custos por ter uma infraestrutura mais enxuta e menos mão de obra.
4 - Manter a conformidade em um ambiente cada vez mais complexo
Para manter o ambiente virtual seguro e funcional, as empresas precisam investir na conformidade dos serviços. A LGPD foi um grande passo para a proteção de dados dos usuários. Contudo, os crimes cibernéticos estão cada vez mais em voga e podem trazer prejuízos incontáveis para os empresários.
Uma maneira de manter a conformidade do ambiente é investir em soluções SaaS e na governança interna. Dessa forma, os problemas que surgem diante de invasões ou de outros crimes virtuais são analisados com mais cautela. As tomadas de decisões tornam-se mais certeiras e as empresas podem até mesmo criar um manual próprio, com medidas de segurança realmente eficazes.
5- Segurança e conformidade aprimoradas
O cloud computing é uma tendência não só pela sua flexibilidade, possibilidades e baixo custo. As empresas têm cada vez mais escolhido essa tecnologia com base na sua seguridade. O Secure Access Service Edge (SASE) é uma arquitetura de segurança que fica na nuvem e permite que as empresas façam o gerenciamento completo dos acessos entre diferentes aplicativos, mesmo que o usuário final faça apenas um login.
Além disso, outra medida de segurança e conformidade que está ainda mais aprimorada é a recuperação em desastres. O cloud computing é capaz de fazer o backup de informações importantes e até executar processos. Em casos de desastres naturais, a medida se torna uma ótima solução, sem a necessidade de uso de data centers.
Pesquisas recentes mostram como é importante investir em segurança e conformidade. Só em 2021, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu ataques cibernéticos em todo o mundo. Já em 2022, acredita-se que crimes como phishing, por exemplo, vão estar bastante voltados para usuários e empresários.
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